domingo, 28 de novembro de 2010

Ceará bate pelo quarto ano consecutivo recorde em transplantes

Ainda falta mais de um mês para 2010 terminar e o número de transplantes realizados no Ceará este ano já bateu recordes. São 772 transplantes feitos de janeiro até esta sexta-feira, 26 de novembro, superando os 767 feitos em 2009, os 739 em 2008 e os 618 transplantes realizados em 2007. “Já são quatro anos de recordes sucessivos, vencendo os 446 transplantes de 2006”, comemora o secretário da saúde do Estado, Arruda Bastos. Para ele, esse avanço, além de significar que muitas vidas foram salvas e centenas de pessoas ganharam qualidade de vida, é uma comprovação de que o Sistema Único de Saúde tem equidade, promovendo acesso à população a procedimentos de alta complexidade e elevado custo.
Para a conquista dos recordes, Arruda Bastos destaca cinco fatores: o reforço do número de profissionais na Central de Transplantes, com a quantidade de médicos aumentando de dois para nove; o trabalho das comissões intrahospitalares; a aquisição de quatro modernos aparelhos eletroencefalogramas para ajudar no diagnóstico da morte encefálica; a descentralização da captação de órgãos e tecidos, que, além da capital e região norte, passou a ser feita com mais força na região do Cariri; a solidariedade da população cada vez mais evidente, com a contribuição dos veículos de comunicação.
Além do aumento do número de transplantes de 2007 para cá, o Ceará inovou nessa área. Passou a realizar há 10 meses transplantes de pâncreas através do Hospital Geral de Fortaleza, que deu a cinco pessoas a chance de viver com um pâncrea saudável. Em 2008, o Hemoce incluiu na rotina das atividades o transplante de medula óssea autólogo. Somente este ano 13 pessoas foram transplantadas. Na pneumologia, o Hospital de Messejana Dr. Carlos Alberto Studart está, após ser habilitado pelo Ministério da saúde, se preparando o primeiro transplante de pulmão feito no Nordeste.
A solidariedade em doar precisa ser permanente. Na lista de espera por órgãos e tecidos há 1.333 pessoas. Esperando córneas são 786 pessoas. Um rim saudável é aguardado por 280 pacientes. À espera de um coração tem nove pessoas. Há 220 na fila por um fígado doado.

Fonte: SESA-CE

A partir de hoje venda de antibióticos somente com receita médica

A partir deste domingo, 28, começam a valer as novas regras para a venda de antibióticos nas farmácias e drogarias de todo o país. Os medicamentos só podem ser vendidos com a apresentação de duas vias da receita médica, sendo que uma delas ficará com o estabelecimento e outra com o consumidor. Essa norma já vale para remédios psicotrópicos, conhecidos como de tarja preta, usados no tratamento de depressão e ansiedade.

As receitas terão validade por dez dias a partir da prescrição do médico. Os médicos e profissionais habilitados devem prescrever o remédio com letra legível e sem rasuras.

A regra vale para 93 tipos de substâncias antimicrobianas que compõem todos os antibióticos registrados no Brasil, como amoxicilina, azitromicina, cefalexina e sulfametoxazol, algumas das mais vendidas no país. Estão de fora da lista os antibióticos usados exclusivamente em hospitais.
O estabelecimento que desrespeitar a regra está sujeito a punição, que vai de multa até interdição. Com a venda mais rígida, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) quer evitar o uso indiscriminado de antibiótico pela população e conter o avanço dos casos de contaminação por superbactérias, como a KPC – responsável pelo recente surto de infecção hospitalar no Distrito Federal.
Em nota, a Associação Brasileira de Redes de Farmácias e Drogarias (Abrafarma) alega que a regulamentação causará transtorno aos brasileiros. A entidade argumenta que parte significativa da população não tem acesso a uma consulta médica e que a receita de controle especial também não está disponível em todos os municípios. “Não poderá ser aceita uma receita médica comum e, nesse caso, a farmácia não poderá dispensar o medicamento, mesmo prescrito corretamente pelo médico ou dentista”, diz a associação.

A resolução da Anvisa, editada em outubro, determina mudanças também nas embalagens e bulas, que deverão ter a seguinte frase: Venda Sob Prescrição Médica - Só Pode Ser Vendido Com Retenção da Receita. As empresas farmacêuticas têm mais cinco meses para se adequar.
 
Iguatu Noticias