quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

Ministro se reúne com secretários de Saúde dos 16 estados em risco muito alto de epidemia de dengue

No encontro, foi anunciado que formas graves e óbitos terão de ser informados ao Ministério da Saúde dentro de 24 horas, por meio de sistema online de notificação

Luís Oliveira/ASCOM-MS
O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, reuniu-se nesta quarta-feira (19), em Brasília, com os secretários de Saúde de 15 dos 16 estados em risco muito alto de enfrentar epidemia de dengue em 2011. O encontro teve o objetivo de reforçar as ações de controle da doença e de preparação da rede de saúde para atendimento aos pacientes, nos estados e municípios. “Temos que ter a plena convicção de que a dengue, além dos desafios locais, será o primeiro grande desafio comum a todos nós, nas três esferas de governo”, destacou o ministro.
Acompanhado dos secretários de Vigilância em Saúde, Jarbas Barbosa, e de Gestão Estratégica e Participativa, Odorico Monteiro, o ministro Padilha reforçou a importância de ações integradas entre diversas áreas para o enfrentamento da doença, incluindo setor público (saúde, limpeza urbana, saneamento e abastecimento de água, educação, meio ambiente, etc.) e privado e organizações da sociedade civil. O Rio de Janeiro não enviou representante. Mas o ministro já esteve no estado no último dia 7 de janeiro e fará nova visita neste sábado (22).


MONITORAMENTO ONLINE – No encontro, foi anunciado que as formas graves da doença e os óbitos suspeitos por dengue terão de ser informados ao Ministério da Saúde dentro de 24 horas. Uma portaria regulamentando a notificação deverá ser publicada nos próximos dias. Dengue já é uma das 44 doenças de notificação compulsória em todo o país.
O monitoramento dos casos será feito por um sistema online, que está em fase de testes e deverá ser lançado nas próximas semanas. O sistema será alimentado por estados e municípios e poderá ser acompanhado em tempo real pelas três esferas de gestão do Sistema Único de Saúde – Ministérios e Secretarias Estaduais e Municipais. Serão utilizados mapas virtuais para mostrar a distribuição geográfica, indicando o município onde ocorreu o caso grave ou a morte por dengue.
A partir da implantação do sistema, o Ministério da Saúde fará monitoramento diário dos óbitos e semanal dos casos graves, em 70 municípios considerados prioritários no momento. “O acompanhamento minucioso nos permite identificar se houve problemas relacionados ao atendimento do paciente nas unidades de saúde”, explica o secretário Jarbas Barbosa.
Esses 70 municípios foram definidos com a aplicação do critério de densidade populacional, previsto na ferramenta Risco Dengue – que identificou os 16 estados com risco muito alto de epidemia. O indicador de população foi utilizado nas 178 cidades com alto índice de infestação pelo mosquito transmissor, apontadas pelo Levantamento do Índice Rápido de Infestação pelo Aedes aegypti (LIRAa), divulgado em dezembro de 2010.

Fonte: Ministério da Saúde

Chile prepara vacina contra o alcoolismo

Testes em humanos previstos para o próximo ano


Investigadores chilenos estão a desenvolver a primeira vacina contra o alcoolismo, baseada numa mutação genética presente em 20 por cento da população asiática. Para esta parcela de pessoas, o consumo de álcool tem consequências tão severas que acabam por inibir o vício nesta substância, explicou Juan Asenjo, líder do projecto, acrescentando ainda que esta reacção resulta da ausência de um gene que produz a enzima que metaboliza o álcool no organismo.
A vacina iria aumentar os enjoos e as náuseas naqueles que consomem álcool. "Com a vacina, a vontade de beber será muito pequena devido às reacções que terão", disse o médico, que já testou este princípio em ratos alcoólicos, obtendo resultados positivos. Nos animais, o consumo do álcool diminuiu 50 por cento. No entanto, frisou o especialista, "a ideia é que nos seres humanos o consumo diminua entre 90 e 95 por cento".

Esta nova solução de combate ao alcoolismo induz a mutação nas células do fígado através de um vírus que transmite esta informação genética, actuando sob o mesmo princípio dos fármacos para controlar o vício do álcool. Contudo, a sua eficária poderá ser maior, pois não terá tantos efeitos secundários.
 
Depois de demonstrarem o princípio activo desta vacina, os cientistas estão a cultivar as células necessárias para criar o vírus em grandes quantidades e, posteriormente, optimizar a produção, sendo ainda necessária a aprovação da substância por parte de entidades responsáveis pela saúde pública.
 
Os testes em humanos estão previstos para 2012 e, caso sejam bem sucedidos, será suficiente tomar a vacina uma vez por mês para que os pacientes comecem a sentir os sintomas que desencorajam o vício.
 
Fonte: Ciência Hoje