sábado, 27 de março de 2010

ACIDENTE VASCULAR CEREBRAL

AVC, Derrame cerebral

O que é?

O acidente vascular cerebral é uma doença caracterizada pelo início agudo de um deficit neurológico (diminuição da função) que persiste por pelo menos 24 horas, refletindo envolvimento focal do sistema nervoso central como resultado de um distúrbio na circulação cerebral que leva a uma redução do aporte de oxigênio às células cerebrais adjacentes ao local do dano com consequente morte dessas células; começa abruptamente, sendo o deficit neurológico máximo no seu início, e podendo progredir ao longo do tempo.

O termo ataque isquêmico transitório (AIT) refere-se ao deficit neurológico transitório com duração de menos de 24 horas até total retorno à normalidade; quando o deficit dura além de 24 horas, com retorno ao normal é dito como um deficit neurológico isquêmico reversível (DNIR).

Podemos dividir o acidente vascular cerebral em duas categorias:

O acidente vascular isquêmico consiste na oclusão de um vaso sangüíneo que interrompe o fluxo de sangue a uma região específica do cérebro, interferindo com as funções neurológicas dependentes daquela região afetada, produzindo uma sintomatologia ou deficits característicos. Em torno de 80% dos acidentes vasculares cerebrais são isquêmicos.
No acidente vascular hemorrágico existe hemorragia (sangramento) local, com outros fatores complicadores tais como aumento da pressão intracraniana, edema (inchaço) cerebral, entre outros, levando a sinais nem sempre focais. Em torno de 20% dos acidentes vasculares cerebrais são hemorrágicos.

Como se desenvolve ou se adquire?

Vários fatores de risco são descritos e estão comprovados na origem do acidente vascular cerebral, entre eles estão: a hipertensão arterial, doença cardíaca, fibrilação atrial, diabete, tabagismo, hiperlipidemia. Outros fatores que podemos citar são: o uso de pílulas anticoncepcionais, álcool, ou outras doenças que acarretem aumento no estado de coagulabilidade (coagulação do sangue) do indivíduo.

O que se sente?

Geralmente vai depender do tipo de acidente vascular cerebral que o paciente está sofrendo se isquêmico ou hemorrágico. Os sintomas podem depender da sua localização e da idade do paciente. Os principais sintomas do acidente vascular cerebral incluem:

Fraqueza:

O início súbito de uma fraqueza em um dos membros (braço, perna) ou face é o sintoma mais comum dos acidentes vasculares cerebrais. Pode significar a isquemia de todo um hemisfério cerebral ou apenas de uma área pequena e específica. Podem ocorrer de diferentes formas apresentando-se por fraqueza maior na face e no braço que na perna; ou fraqueza maior na perna que no braço ou na face; ou ainda a fraqueza pode se acompanhar de outros sintomas. Estas diferenças dependem da localização da isquemia, da extensão e da circulação cerebral acometida.

Distúrbios Visuais:

A perda da visão em um dos olhos, principalmente aguda, alarma os pacientes e geralmente os leva a procurar avaliação médica. O paciente pode ter uma sensação de "sombra'' ou "cortina" ao enxergar ou ainda pode apresentar cegueira transitória (amaurose fugaz).

Perda sensitiva:

A dormência ocorre mais comumente junto com a diminuição de força (fraqueza), confundindo o paciente; a sensibilidade é subjetiva.

Linguagem e fala (afasia):

É comum os pacientes apresentarem alterações de linguagem e fala; assim alguns pacientes apresentam fala curta e com esforço, acarretando muita frustração (consciência do esforço e dificuldade para falar); alguns pacientes apresentam uma outra alteração de linguagem, falando frases longas, fluentes, fazendo pouco sentido, com grande dificuldade para compreensão da linguagem. Familiares e amigos podem descrever ao médico este sintoma como um ataque de confusão ou estresse.

Convulsões:

Nos casos da hemorragia intracerebral, do acidente vascular dito hemorrágico, os sintomas podem se manifestar como os já descritos acima, geralmente mais graves e de rápida evolução. Pode acontecer uma hemiparesia (diminuição de força do lado oposto ao sangramento) , além de desvio do olhar. O hematoma pode crescer, causar edema (inchaço), atingindo outras estruturas adjacentes, levando a pessoa ao coma. Os sintomas podem desenvolver-se rapidamente em questão de minutos.

Como o médico faz o diagnóstico?

A história e o exame físico dão subsídios para uma possibilidade de doença vascular cerebral como causa da sintomatologia do paciente.Entretanto, o início agudo de sintomas neurológicos focais deve sugerir uma doença vascular em qualquer idade, mesmo sem fatores de risco associados. A avaliação laboratorial inclui análises sanguíneas e estudos de imagem (tomografia computadorizada de encéfalo ou ressonância magnética). Outros estudos: ultrassom de carótidas e vertebrais, ecocardiografia e angiografia podem ser feitos.

Como se trata e como se previne?

Geralmente existem três estágios de tratamento do acidente vascular cerebral: tratamento preventivo, tratamento do acidente vascular cerebral agudo e o tratamento de reabilitação pós-acidente vascular cerebral.

O tratamento preventivo inclui a identificação e controle dos fatores de risco. A avaliação e o acompanhamento neurológicos regulares são componentes do tratamento preventivo bem como o controle da hipertensão, da diabete, a suspensão do tabagismo e o uso de determinadas drogas (anticoagulantes) que contribuem para a diminuição da incidência de acidentes vasculares cerebrais.

Inicialmente deve-se diferenciar entre acidente vascular isquêmico ou hemorrágico.

O tratamento agudo do acidente vascular cerebral isquêmico consiste no uso de terapias antitrombóticas (contra a coagulação do sangue) que tentam cessar o acidente vascular cerebral quando ele está ocorrendo, por meio da rápida dissolução do coágulo que está causando a isquemia. A chance de recuperação aumenta quanto mais rápida for a ação terapêutica nestes casos. Em alguns casos selecionados, pode ser usada a endarterectomia (cirurgia para retirada do coágulo de dentro da artéria) de carótida. O acidente vascular cerebral em evolução constitui uma emergência médica, devendo ser tratado rapidamente em ambiente hospitalar.

A reabilitação pós-acidente vascular cerebral ajuda o indivíduo a superar as dificuldades resultantes dos danos causados pela lesão.

O uso de terapia antitrombótica é importante para evitar recorrências. Além disso, deve-se controlar outras complicações, principalmente em pacientes acamados (pneumonias, tromboembolismo, infecções, úlceras de pele) onde a instituição de fisioterapia previne e tem papel importante na recuperação funcional do paciente.

As medidas iniciais para o acidente vascular hemorrágico são semelhantes, devendo-se obter leito em uma unidade de terapia intensiva (UTI) para o rigoroso controle da pressão. Em alguns casos, a cirurgia é mandatória com o objetivo de se tentar a retirada do coágulo e fazer o controle da pressão intracraniana.

Qual é o prognóstico?

Mesmo sendo uma doença do cérebro, o acidente vascular cerebral pode afetar o organismo todo. Uma sequela comum é a paralisia completa de um lado do corpo (hemiplegia) ou a fraqueza de um lado do corpo (hemiparesia). O acidente vascular cerebral pode causar problemas de pensamento, cognição, aprendizado, atenção, julgamento e memória. O acidente vascular cerebral pode produzir problemas emocionais com o paciente apresentando dificuldades de controlar suas emoções ou expressá-las de forma inapropriada. Muitos pacientes apresentam depressão.

A repetição do acidente vascular cerebral é frequente. Em torno de 25 por cento dos pacientes que se recuperam do seu primeiro acidente vascular cerebral terão outro dentro de 5 anos.

Fonte: ABC da Saúde

Mortalidade Infantil

Diagnóstico

De 2000 a 2007, morreram 24.121 crianças menores de um ano de idade no Ceará. O maior número de ocorrências foi verificado na capital, Fortaleza (6.484 óbitos), Juazeiro do Norte (678), Caucaia (604), Sobral (600) e Maracanaú (443). Em todo o estado, o Pacto pela Redução das Desigualdades alcançará 18 municípios eleitos prioritários.

Investimento
R$ 8,3 milhões

Municípios prioritários do Ceará

Fortaleza, Juazeiro do Norte, Caucaia, Sobral, Maracanaú, Itapipoca, Crato, Tianguá, Crateús, Icó, Iguatu, Camocim, Quixadá, Granja,São Benedito, Viçosa do Ceará, Canindé e Barbalha.

O que ganha o Ceará
• Equipes de Saúde da Família – De 603 para 655 equipes
• Núcleos de Apoio à Saúde da Família (NASF)- De 23 para 83 núcleos
• Leitos de UTI - Passa de 118 para 175 a oferta de leitos
• Leitos de UCI - A oferta passa 174 para 383 leitos

Portal da Saúde

FARMÁCIA POPULAR DO BRASIL

O Programa Farmácia Popular do Brasil foi criado em 2004 para ampliar o acesso aos medicamentos essenciais. Por meio das unidades próprias, esses produtos são dispensados a preço de custo ao cidadão. No elenco da Farmácia Popular constam 107 itens para as doenças mais comuns na população brasileira, dentre eles analgésicos, antihipertensivos, medicamentos para diabetes, colesterol, gastrite entre outros, etc. Hoje no país, já são 530 farmácias unidades próprias em 408 municípios, que fazem uma média de 950 mil atendimentos por mês. Todas são implantadas por meio de uma parceria do Ministério da Saúde e da Fiocruz com Estados e Municípios e instituições filantrópicas.


A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), órgão do Ministério da Saúde e executora do Programa, adquire os medicamentos de laboratórios farmacêuticos oficiais públicos ou do setor privado, quando necessário. Os medicamentos produzidos por laboratórios privados são comprados em pregões realizados pela fundação.

Outra modalidade do programa - o Aqui tem Farmácia Popular - é a parceria com farmácias da rede privada para oferecer três tipos de medicamentos: diabetes, hipertensão e anticoncepcionais. Neste caso, os medicamentos são fornecidos por laboratórios privados. Criada em 2006, esta modalidade também chamada de copagamento, oferece medicamentos subsidiados em até 90% pelo Governo Federal, sendo que o cidadão paga o valor restante. Nesta versão já são 11.494 empresas credenciadas, que fazem uma média de 1 milhão de atendimentos ao mês. A meta, pelo Programa Mais Saúde, é chegar a 19.400 estabelecimentos parceiros até o ano de 2011. Os recursos repassados às empresas, nesta modalidade de Programa, subiram de R$ 34.724 milhões em 2006 para R$ 284.473 milhões em 2009.

Em 2010, foi instituída a inclusão do medicamento Fosfato de Oseltamivir na lista oficial do Programa Farmácia Popular do Brasil, com prazo determinado: 15 de abril de 2010 a 15 de março de 2011. Este medicamento é indicado para o combate à Influenza A (H1N1). Destaca-se que, para as unidades próprias, não haverá custo para o usuário.

Ministério da Saúde

Segunda etapa de vacinação contra gripe pandêmica

“...Confiamos no bom senso dos cidadãos. Aquele que se vacinar e estiver fora do grupo de risco (...) está tirando uma dose de alguém que realmente precisa” Gerson Penna,
secretário de Vigilância em Saúde

quarta-feira, 24 de março de 2010

Dia Mundial da Tuberculose: 9 milhões sofrem com a doença

No Brasil, são cerca de 100 mil novos casos por ano

Celebrado neste dia 24 de março, o Dia Mundial de Combate à Tuberculose traz números nada animadores para a população mundial. A cada ano, cerca de 9 milhões de novos casos da doença são registrados no mundo, e cerca de 3 milhões de pessoas já morreram vítimas da tuberculose, segundo dados da OMS. Estima-se que só no Brasil, 73,27 pessoas a cada 100 mil habitantes estejam infectadas pelo bacilo da tuberculose. A cada ano são notificados no país, aproximadamente 100 mil novos casos e de cinco mil a seis mil mortes em decorrência da doença.

Com os lemas "Quando inovamos, aceleramos os esforços na luta contra a tuberculose" e "Você pode parar a tuberculose, junte-se a nós", o Ministério da Saúde promove uma campanha de prevenção da doença. A medida se dá em função das estimativas alarmantes em relação ao número de possíveis contaminados em 2020.

O mapa geográfico da doença também é preocupante: 22 países concentram 80% do número de casos no mundo. A situação é tão grave, que desde 2005, a OMS junto a outros organismos internacionais, criou o StopTB, plano que tem como meta acelerar, social e politicamente as ações de controle da tuberculose no planeta.

A meta para 2010 é reduzir pela metade as taxas de mortalidade da doença e até 2050, diminuir a incidência para 1 caso por cada 1 milhão de habitantes, fazendo com que ela deixe de ser um problema de saúde pública.

O que é

A tuberculose é uma doença infecciosa causada por um microorganismo chamado Mycobacterium tuberculosis, também conhecido como bacilo de Koch. Pode afetar diferentes órgãos como ossos e rins, mas o comprometimento pulmonar é o mais frequente.

A transmissão da tuberculose é quase que exclusivamente por vias aéreas. Através da tosse de uma pessoa com tuberculose pulmonar são eliminadas gotículas contendo o micro-organismo, que pode infectar uma pessoa. A ocorrência ou não da infecção dependerá do estado imunológico da pessoa.

A infecção poderá permanecer latente sem produzir sintomas ou desenvolver a doença. Cerca de 10% das infecções latentes se tornam ativas em algum momento da vida.

Sintomas

As pessoas com tuberculose pulmonar apresentam tosse com quantidades variáveis de escarro, que podem ou não conter sangue, por três semanas ou mais.

Podem apresentar também dor no peito e falta de ar, febre, sudorese noturna, perda de apetite e perda de peso.

Diagnóstico

Todas as pessoas que apresentam tosse com escarro por mais de três semanas, acompanhada ou não dos outros sintomas da doença devem ser investigadas. Alterações nos raios-X de tórax também podem ser vistas na tuberculose pulmonar.

O diagnóstico definitivo da doença, entretanto, requer a identificação do microorganismo nas secreções ou tecidos do paciente, como o exame do escarro.

Tratamento

Ao contrário do que muitos pensam, a tuberculose tem cura. Desde de 1944 se conhece os medicamentos capazes de curar a tuberculose. Mas para que haja um controle efetivo da doença é indispensável que se detecte a tuberculose ativa e se institua o tratamento correto.

Durando no mínimo seis meses, o tratamento não requer hospitalização na maioria dos casos. Os principais medicamentos utilizados no tratamento da tuberculose são a izoniazida, rifampicina e pirazinamida. Após duas semanas tomando o medicamento não ocorre mais a transmissão.

O tratamento é frequentemente iniciado antes do diagnóstico definitivo, entretanto a identificação do microorganismo é importante inclusive para testar a sensibilidade às drogas.

Existe também um teste para rastrear a exposição à tuberculose, é o chamado teste de Mantoux, mais conhecido como PPD. É realizado através de uma injeção intradérmica e medido através do tamanho da área da reação 48 horas após a aplicação.

Fonte: Yahoo

terça-feira, 23 de março de 2010

Motolâncias vão agilizar atendimento do SAMU Litoral Leste


O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência – SAMU Litoral Leste recebe nesta terça-feira novos veículos para agilizar a assistência aos pacientes. O Secretário da Saúde do Estado, João Ananias, faz hoje, às 17 horas, a entrega de duas motolâncias, que são motocicletas adaptadas para o atendimento de urgência, durante a inauguração da unidade da Rede BiblioSUS no Eusébio, que vai funcionar no Núcleo de Educação Permanente do SAMU Litoral Leste, na Rua da Paz, 29, Centro.

A moto a serviço do SAMU 192 é pilotada por um técnico de enfermagem e tem a possibilidade de chegar mais rápido aos atendimentos de urgência em localidades onde o fluxo de trânsito é muito intenso ou em territórios de difícil acesso que as ambulâncias muitas vezes não conseguem passar com facilidade. Os veículos de intervenção rápida (motolância SAMU 192) antecedem a chegada da ambulância de suporte avançado para adiantar o atendimento e estabilizar a vítima.

As motolâncias SAMU 192 promovem o atendimento rápido e diminuição do tempo-resposta o que interfere muito na vida que está sendo socorrido, pois quando mais rápido chegar o socorro à vítima menor serão as possibilidades de óbitos e seqüelas mais agravantes. As motolâncias são úteis principalmente nos casos de doenças cardiovasculares como: infartos, anginas, ataques cardíacos e derrames cerebrais, nestes casos quanto menor o tempo do socorro menor serão as seqüelas.

Com a inauguração da unidade da Rede de Bibliotecas e Unidades de Informação Cooperantes da Saúde - Brasil (Rede BiblioSUS), a Secretaria da Saúde tem o objetivo de ampliar e democratizar o acesso às informações em saúde pública, disseminadas por meio do modelo BVS (Biblioteca Virtual em Saúde Pública) e da distribuição da produção editorial do Ministério da Saúde. A Estação BVS garante acesso livre e gratuito às informações em saúde. Com a orientação de um profissional especializado, o usuário pode pesquisar em mais de 15 milhões de referências e textos completos de publicações nacionais e internacionais. O serviço atende a gestores, pesquisadores, estudantes, profissionais de saúde e a todo cidadão interessado.

Após a inauguração da unidade da Rede BiblioSUS, o secretário João Ananias dá início ao Curso de Suporte Básico de Vida, oferecido pelo SAMU Litoral Leste para 42 agentes comunitários de saúde do município de Aquiraz. Com o curso, os agentes de saúde serão capacitados a prestar os primeiros socorros em casos de urgência, ajudando a salvar vidas.


Fonte: Secretaria de Saúde do Ceará

Ceará terá o primeiro banco público de cordão umbilical

O primeiro Banco de Sangue de Cordão Umbilical e Placentário da rede pública de saúde do Ceará vai ser inaugurado ainda no primeiro semestre de 2010. A entrega das obras da estrutura física do prédio, em Fortaleza, será feita nesta terça-feira, 23, às 15 horas, na sede do Hemoce. Estarão presentes o secretário da Saúde do Estado, João Ananias, o diretor da Rede BrasilCord, Luís Fernando Bouzas, e a diretora-geral do Hemoce, Dra. Luciana Carlos. As obras começaram em julho de 2009 na sede do Hemoce, na Avenida José Bastos, em Fortaleza. A unidade faz parte de um projeto maior da Rede BrasilCord, do Ministério da Saúde, que está formando um conjunto de bancos de sangue de cordão umbilical e placentário interligados para atender a demanda de transplantes e pesquisa de células embrionárias no País.

Através do convênio assinado com o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) em 2008, a Rede BrasilCord recebeu um investimento de R$ 31,5 milhões do Fundo Social do BNDES para a construção de unidades no Ceará, Rio Grande do Sul, Pernambuco, Pará, Santa Catarina, Paraná, Minas Gerais e Distrito Federal. Hoje, o sistema já conta com quatro bancos instalados, no Rio de Janeiro, em São Paulo, Campinas e Ribeirão Preto. A meta é armazenar cerca de 50 mil cordões umbilicais nos 12 bancos que passarão a formar a Rede, número considerado ideal para, junto com o Registro Nacional de Doadores de Medula Óssea (Redome), suprir a demanda de transplantes no Brasil.

Além da construção dos novos bancos de cordão, o recurso do BNDES será utilizado na compra de equipamentos das unidades já em funcionamento e treinamento de pessoal. São R$ 4 milhões em investimentos só no Ceará. No dia 9 de outubro de 2009, aconteceu a primeira coleta de sangue de cordão umbilical e placentário da rede pública estadual de saúde, como treinamento para o trabalho que será desenvolvido para suprir a demanda do Banco de Sangue de Cordão. A equipe foi formada pela enfermeira Márcia Maria Bruno Araújo, do Centro de Hematologia e Hemoterapia - Hemoce; o médico obstetra Francisco Jerônimo de Sousa Neto, do Hospital Geral César Cals; e a médica cancerologista pediátrica Fabíola Maria de Melo, do Hospital Infantil Albert Sabin. Os três realizaram a coleta no Hospital Geral César Cals, em Fortaleza, e o material retirado da placenta e do cordão umbilical da mãe foi doado para o Banco de Sangue do Instituto Nacional do Câncer, no Rio de Janeiro. Ele ficará disponível para atender qualquer paciente que tenha compatibilidade genética com o material.

Novo irradiador de sangue

O Centro de Hematologia e Hemoterapia do Ceará é o primeiro hemocentro do Nordeste a adquirir um equipamento que pode salvar a vida de muitas pessoas, chamado "irradiador". É que alguns pacientes que precisam receber transfusão de componentes do sangue (como bolsas de hemácias e plaquetas) ficam suscetíveis a complicações imunológicas. Isso porque o organismo não tem defesa suficiente para lidar com o material que será transfundido. Por isso, é necessário que esse material seja "bombardeado" por um tipo de radiação com raios gama, como forma de "limpar" esse material de células que possam prejudicar o organismo do paciente que recebe a transfusão. Esse bombardeamento é feito no irradiador.

A irradiação é indicada em transfusões intra-uterinas; para recém-nascidos prematuros ou de baixo peso; para pacientes portadores de imunodeficiências congênitas graves; para pacientes que acabaram de ser transplantados de medula óssea ou de células de cordão umbilical; para pacientes transplantados do coração e do pulmão; para portadores de linfomas, algumas leucemias e anemias, além de outros casos. Antes da chegada do equipamento, o Hemoce fazia a irradiação das bolsas de hemácias e plaquetas, mas ainda não era o suficiente para suprir a demanda total. No ano passado, o Hemoce conseguiu transfundir 218 bolsas de plaquetas ou hemácias irradiadas. Uma média de 18 por mês. O novo aparelho demora no máximo 40 minutos para concluir uma irradiação. Essa rapidez possibilita uma média alta de procedimentos por dia.

Assessora de Imprensa do Hemoce

Como escovar os dentes

Qual a maneira certa de escovar?

Uma escovação adequada deve durar, no mínimo, dois minutos, isto é, 120 segundos! A maioria dos adultos não chegam nem próximos a este tempo. Para ter uma idéia do tempo necessário para uma boa escovação, use um relógio na próxima vez que escovar os dentes. Escove-os com movimentos suaves e curtos, com especial atenção para a margem gengival, para os dentes posteriores, difíceis de alcançar e para as áreas situadas ao redor de restaurações e coroas. Concentre-se na limpeza de cada setor da boca, da seguinte maneira:

* Escove as superfícies voltadas para a bochecha dos dentes superiores e, depois, dos inferiores.

* Escove as superfícies internas dos dentes superiores e, depois, dos inferiores.

* Em seguida, escove as superfícies de mastigação.
Para ter hálito puro, escove também a língua, local onde muitas bactérias ficam alojadas.
Segure a escova em um ângulo de 45 graus e escove com movimentos que vão da gengiva à ponta dos dentes.
Com suaves movimentos circulares, escove a face voltada para a bochecha e a face interna dos dentes, e a superfície usada para mastigar
Com movimentos suaves, escove também a língua para remover bactérias e purificar o hálito.

Que tipo de escova dental devo usar?

A maioria dos dentistas concorda que a escova dental de cerdas macias é a melhor para a remoção da placa bacteriana e dos resíduos de alimentos. As escovas com cabeças menores também são mais adequadas, porque alcançam melhor todas regiões da boca, como, por exemplo, os dentes posteriores, mais difíceis de alcançar. Muitos escolhem a escova elétrica como a melhor alternativa, pois ela limpa com maior facilidade e é particularmente indicada para pessoas que têm dificuldade para higiene bucal ou tem menor destreza manual.

Qual a importância do creme dental na escovação?

É importante que você use o creme dental mais adequado para você. Atualmente existe uma grande variedade de produtos feitos especialmente para combater cáries, gengivite ,tártaro, manchas e sensibilidade. Pergunte ao seu dentista qual o tipo de creme dental mais adequado. Para encontrar o creme dental Colgate correto para você, clique aqui.

Quando devo trocar minha escova dental?

Troque sua escova de dentes a cada três meses ou quando perceber que ela começa a ficar desgastada. Além disso, é muito importante trocar de escova depois de uma gripe ou resfriado para diminuir o risco de nova infecção por meio dos germes que aderem às cerdas.

Artigo fornecido pela Colgate-Palmolive. Copyright 2008 Colgate-Palmolive. Todos os direitos reservados

Dengue: em dois meses de 2010, o dobro de casos registrados em 2009

A dengue fugiu de controle no Brasil. Só nestes três primeiros meses foram registrados 108.640 casos - mais do que o dobro de todo o ano de 2009 (51.873). A doença está presente em todas as regiões do país, mas no Centro-Oeste a situação é mais grave - 62.658 pessoas já foram infectadas nos estados de Goiás, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, além do Distrito Federal, segundo informativo divulgado pelo Ministério da Saúde em fevereiro (veja quadro abaixo).

Um relatório atualizado será divulgado nos próximos dias, confirmando o estado de epidemia na região. A maior incidência de pessoas infectadas está em Goiás. Foram 53.981 casos registrados até a terceira semana de março, um aumento de 507,6% em relação ao mesmo período do ano passado. Em fevereiro, eram 25.079 pessoas doentes. No total, 17 pessoas morreram, sendo oito na capital Goiânia.

A Secretaria de Saúde de Mato Grosso registrou mais 1.429 casos de dengue no estado na terceira semana de março. No acumulado deste ano, já foram notificadas 24.140 ocorrências, número 758% acima do verificado em igual período de 2010, quando foram registrados 2.813 casos. Em fevereiro (veja a tabela) eram 15.362 pessoas infectadas. A região metropolitana concentra o maior número de casos. Em Cuiabá, foram registradas 2.236 ocorrências de dengue neste ano, das quais 157 foram notificadas como grave. Cinco óbitos foram registrados


No Mato Grosso do Sul, a situação é ainda pior. Até o último dia 6, 11 mortes foram registradas, com 32.225 notificações de casos. Pelos dados apresentados em fevereiro, eram 21.050 as pessoas infectadas. A capital Campo Grande vive um caso de calamidade - com 20.250 notificações, a cidade tem incidência de 2.682 casos para cada 100 mil habitantes.
No Distrito Federal, 200 militares treinados pela Secretaria de Saúde se uniram nesta segunda-feira aos agentes ambientais na tentativa de conter a epidemia de dengue na região. Segundo dados da Secretaria de Saúde, foram confirmados 1.541 casos e outros 3.681 estão sob investigação (em 2009, esses números eram respectivamente, 111 e 520). Na prática, um aumento de mais de 1.300% no número de casos confirmados.

Outras regiões

O Rio Grande do Sul registrou em uma semana cerca de 600 novos casos de dengue no estado, segundo dados da Secretaria Estadual da Saúde, por meio do Centro Estadual de Vigilância em Saúde. Até o último dia 13, a secretaria havia recebido 2.052 notificações de casos de dengue desde o dia 22 de fevereiro, quando o atual surto da doença foi detectado. E de 22 de fevereiro até ontem, 20 de março, foram divulgados 2.616 casos, segundo a secretaria. O município de Ijuí tem a maioria desses registros: 2.151. Somente neste sábado foram 42 novas notificações no local.
Em São Paulo, o número de casos de dengue na capital mais que dobrou em uma semana. O último balanço, divulgado no dia 16 pela Secretaria Municipal da Saúde, mostra que os infectados passaram de 67 para 143, um aumento de 127% em sete dias. O total de doentes representa quase a metade de todos os casos registrados no ano passado, quando 322 pessoas contraíram dengue em São Paulo. Os casos importados (contraídos fora da cidade) somam 279.

A situação é grave na Baixada Santista. Santos e Guarujá já decretaram estado de epidemia. O Hospital Ana Costa, um dos maiores da região, registrou 63 casos da chamada dengue hemorrágica, a variação mais grave da doença. Em Santos, de acordo com a Secretaria de Saúde, foram notificados 5.605 casos, sendo que apenas 680 foram confirmados. Óbitos pela doença na forma hemorrágica chegam a sete. No Guarujá, ao todo foram registradas 2.166 notificações de dengue desde o começo de 2010.
No Nordeste, a situação é preocupante no Ceará. Dos 1.663 casos de dengue confirmados no estado, nada menos que 821 foram registrados apenas em Tauá - 49% do total. Autoridades sanitárias da cidade, que fica a 344km de Fortaleza, justificam a incidência pelo retorno do tipo 1 do vírus e pela falta de água na região.

Sintomas

Depois da picada do mosquito com o vírus, os sintomas se manifestam normalmente do 3º ao 15º dia. Esse período é chamado de incubação. O tempo médio de duração da doença é de cinco a seis dias. É só depois do período de incubação que os seguintes sintomas aparecem:
- Febre alta
- Dor de cabeça
- Dor atrás dos olhos
- Manchas vermelhas no corpo
- Dor nos ossos e articulações
- Dores abdominais
- Vômitos
- Qualquer tipo de sangramento

Tratamento:

- Manter-se em repouso
- Beber muito líquido (inclusive soro caseiro)
- Usar os medicamentos prescritos pelo médico para aliviar as dores e a febre

Atenção

Em caso de suspeita de dengue, sempre procurar, o mais rápido possível, o serviço de saúde mais próximo. Todo tratamento só deve ser feito sob orientação médica

Fonte: Yahoo

sábado, 20 de março de 2010

Consumo moderado de manteiga ou margarina não afeta coração

Sem exageros, manteiga ou margarina não aumentam risco de doenças cardíacas


Consumir manteiga ou margarina em quantidades moderadas não aumenta o risco de ter doenças cardiovasculares. É o que mostra uma pesquisa da USP feita com pessoas que tinham síndrome metabólica, doença que atinge 30% dos brasileiros e aumenta em cinco vezes a chance de sofrer derrames e ataques cardíacos.

O estudo, feito durante o doutorado da nutricionista Ana Carolina Gagliardi no Instituto do Coração (InCor), foi o primeiro no Brasil a estudar se manteiga ou margarina pioram o risco de doenças cardiovasculares. “No Brasil, mais de 50% da população tem o hábito de consumir manteiga ou margarina todos os dias”, explica Ana Carolina.

Em seu estudo, a nutricionista solicitou que 66 voluntários deixassem de consumir as manteigas ou margarinas que estavam acostumados. Em seguida, os dividiu em quatro grupos e pediu para que consumissem, diariamente, as quantidades recomendadas por ela. Um dos grupos passou a consumir 15 gramas (g) de manteiga por dia; um segundo grupo consumiu 18 g de margarina com gorduras trans; outro grupo de voluntários, 36 g de margarina sem gorduras trans; e outro, 30 g de margarina com fitoesterol, substância que reduz a quantidade de colesterol ruim do sangue. Cada uma dessas quantidades de manteiga ou margarina traz 12 g de gordura. Para efeito de comparação, uma colher de sopa de margarina cheia pesa 15 g.

Durante a pesquisa, nenhum dos voluntários mudou a dieta. Eles relataram ingerir poucas calorias (1.500 por dia), com mais gordura saturada e menos fibra que o recomendado.

Poucas variações
Depois de 35 dias, a quantidade de proteínas que indica o risco de infarto permaneceu igual no sangue dos voluntários. O tempo para a mudança de dieta influenciar na quantidade dessas moléculas é de 28 dias. O colesterol ruim, chamado de LDL, também não aumentou no sangue. Apenas a margarina com fitoesterol ajudou a reduzir os níveis de colesterol ruim do sangue. O peso também não variou durante esse período.

Quem tem síndrome metabólica sofre pelo menos de três dos seguintes sintomas: obesidade na barriga, pressão alta, níveis baixos de bom colesterol (HDL) e altos níveis de glicose e gordura no sangue.

Ana Carolina explica que são necessários mais estudos para saber se o risco de doenças do coração também permanece inalterado em pessoas saudáveis. Como a quantidade de gordura não afetou os pacientes que tinham maior propensão a doenças cardiovasculares, o mesmo deve acontecer com pessoas saudáveis.

A pesquisadora explica que, desde que não exagere, a pessoa pode consumir manteiga ou margarina sem culpa. “As gorduras são calóricas, mas se a pessoa diminuir um pouco a quantidade de fritura, por exemplo, pode comer. Até mesmo quem deseja perder peso”.

O doutorado de Ana Carolina foi defendido no Laboratório de Lípides do InCor, que pertence ao Hospital das Clínicas (HC), da Faculdade de Medicina da USP (FMUSP). A pesquisa foi orientada pelo cardiologista Raul Dias Santos Filho. Colaboraram no trabalho os pesquisadores Raul Maranhão, Eraldo Souza, da FMUSP, Jorge Mancini da Faculdade de Ciências Farmacêuticas (FCF) da USP e Ernest Schaefer da Universidade de Tuft, nos EUA.

Por Nilbberth Silva - nilbberth.silva@usp.br
Mais informações: (15) 9134-7139, com Ana Carolina Gagliardi

Desnutrição infantil no Nordeste tem queda acelerada

Em 20 anos, índice de desnutrição infantil no Nordeste caiu de 33,9% para 5,9%

Pesquisa da Faculdade de Saúde Pública (FSP) da USP revela que o índice de desnutrição infantil no Nordeste brasileiro caiu de 33,9% em 1986 para 5,9% em 2006. Os principais fatores associados à redução apontados pelo estudo são o aumento do poder aquisitivo familiar e a ampliação da escolaridade média das mães. Segundo a nutricionista Ana Lucia Lovadino de Lima, uma das autoras do trabalho, a queda se acentuou depois de 1996 e poderá atingir índices ainda menores nos próximos anos se forem mantidas as políticas de transferência de renda e o acesso a serviços básicos como saúde, educação e saneamento básico for ampliado.

O estudo se baseou nas Pesquisas Nacionais de Demografia e Saúde (PNDS) realizadas no Brasil nos anos de 1986, 1996 e 2006. “A partir das informações sobre crianças menores de cinco anos e de suas mães, a variação nos índices foi avaliada com base em cinco determinantes essenciais na questão da desnutrição infantil”, conta Ana Lucia. Os fatores analisados como determinantes foram a assistência à saúde, a presença de esgoto e água canalizada no domicílio, a escolaridade da mãe, o poder aquisitivo familiar e os antecedentes reprodutivos da criança.

Entre 1986 e 1996, o nível de desnutrição caiu de 33,9% para 22,2%, devido principalmente a melhoria da escolaridade materna e do acesso ao saneamento básico (rede de água e esgoto). “A assistência à saúde e os antecedentes reprodutivos tiveram menor influência”, diz a nutricionista, “e o poder aquisitivo familiar foi o fator menos importante nessa redução devido a realidade econômica observada no período.”

Aceleração

A queda da desnutrição se acelerou entre 1996 e 2006, e o índice chegou a 5,9%, sendo que as melhorias observadas no poder aquisitivo familiar e na escolaridade materna foram os fatores que mais contribuíram. “Nesse período foram implantadas políticas de estabilidade econômica, de transferência de renda e de acesso à educação que contribuíram de forma muito importante para a redução da prevalência da desnutrição infantil na região Nordeste”, afirma Ana Lúcia.

De acordo com a nutricionista, se a queda da desnutrição infantil no Nordeste brasileiro mantiver o mesmo ritmo acelerado, dentro de aproximadamente dez anos o índice chegará ao nível considerado aceitável para uma população saudável, que é de 2,3%. “Para que essa tendência se mantenha, é necessária a continuidade das políticas públicas de aumento da renda da população mais pobre, além de maiores investimentos em saúde, educação e em saneamento”, conclui.

O estudo, realizado em parceria com Ana Carolina Feldenheimer da Silva, Silvia Cristina Konno, Wolney Lisboa Conde e Maria Helena D’Aquino Benicio, foi publicado na edição de fevereiro da Revista de Saúde Pública, editada pela FSP. A pesquisa teve a coordenação do professor Carlos Augusto Monteiro, do Núcleo de Pesquisas Epidemiológicas em Nutrição e Saúde (Nupens) e do Departamento de Nutrição da FSP.

Por Júlio Bernardes - jubern@usp.br

quinta-feira, 18 de março de 2010

Aumento de incidência de câncer na tireoide preocupa médicos

Os médicos ainda não sabem explicar com certeza porque a incidência do câncer de tireoide tem aumentado tanto: junto com o melanoma maligno (um tipo de tumor de pele) é a neoplasia que mais cresce no mundo e no Brasil, segundo estimativas do Instituto Nacional do Câncer (Inca). Parte dos especialistas aposta no avanço dos meios de diagnóstico, o que teria tornado possível detectar tumores que anos antes passariam despercebidos; outros garantem que os hábitos de vida, sobretudo a alimentação, têm participação na evolução da doença.

"Entre 1973 e 2001 os casos de câncer de tireoide passaram de 3 para 7 em cada 100 mil habitantes. São dados norte-americanos, mas servem de referência também para o Brasil. Não temos aqui um rastreamento tão preciso para este tumor, mas os especialistas brasileiros relatam esse mesmo crescimento, de quase três vezes, com base na prática clínica", afirma o médico Fernando Luiz Dias, chefe da seção de Pescoço e Cabeça do Inca.

Dias lembra que o aumento de diagnósticos do câncer de tireoide coincide com a consolidação da técnica de ultra-som, que chegou ao Brasil na década de 1980 e permite uma boa análise de nódulos suspeitos no pescoço. "Além disso, como a classe médica percebeu que o câncer de tireoide é cinco vezes mais frequente na mulher, começamos a receber pacientes encaminhadas pelo ginecologista. Hoje, preconizamos que a mulher, ao iniciar sua rotina de exames ginecológicos, passe pelo ultra-som de tireoide", diz.

De acordo com os dados do Inca, a faixa populacional mais atingida pela doença é justamente a da mulher jovem, entre 20 e 50 anos. Isso se deve, na avaliação do médico Hans Graff, presidente da Sociedade Latino-americana de Tireoide, ao padrão hormonal feminino. "Está claro que o estrogênio tem uma ação proliferativa sobre as células da glândula", explica.

Entre os vários tipos de câncer de tireoide, a classe dos papilíferos é a mais comum - ela responde por 87% dos tumores nesta região, segundo informações do Inca. É também o papilífero que, segundo a especialista Laura Sterian Ward, da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia de São Paulo, recebe mais influências dos fatores ambientais. "É um tumor que tem relação com elevadas concentrações de iodo, que são ingeridas por meio do sódio exagerado na alimentação. O sódio é iodado e aparece em abundância nos produtos industrializados. Também a obesidade é um fator de risco para o câncer de tireoide", garante a profissional, chefe do Laboratório de Genética Molecular do Câncer da Unicamp.

Segundo Laura, entre os agentes externos associados ao câncer de tireoide está ainda a exposição à radiação ionizante. "Após a explosão nuclear de Chernobyl, por exemplo, os casos de câncer de tireoide se multiplicaram naquela região. A radiação está também na atmosfera, em pequenas doses, e tomamos contato com ela nas viagens intercontinentais", diz. "Ela também vem por meio de exames médicos, como o raio X. Isso não significa que devemos abandonar esse tipo de procedimento, até porque ninguém passa por raio X todo dia. Mais preocupantes são os tratamentos a base de radiação, usados contra linfomas, por exemplo."

O médico Alberto Rossetti Ferraz, chefe da disciplina de cabeça e pescoço do Hospital das Clínicas, ressalta que o curso do câncer de tireoide não é afetado por outras doenças que podem acometer a glândula, como hipotireoidismo e hipertireoidismo. "O câncer vem de um nódulo na glândula, mas nem todo nódulo é maligno. Também é importante diferenciar nódulo de cisto: o nódulo tem tecido, com sangue circulante dentro, enquanto que o cisto tem um conteúdo líquido e um risco de malignidade bem menor", fala.

Ferraz lembra que o câncer de tireoide geralmente é assintomático, de modo que as alterações típicas da doença costumam se manifestar apenas em estágios avançados. "Engasgar fácil, dificuldade de engolir e alterações de voz são algumas delas", diz. Segundo o especialista em cabeça e pescoço do Instituto do Câncer do Estado de São Paulo (Icesp), Gilberto Castro, nem mesmo os testes dos hormônios produzidos pela glândula, como o T4, são bons indicadores para diagnosticar o quadro. "Alterações nesses hormônios também só vão aparecer em quadros muito avançados", informa. Para detectar nódulos precocemente os especialistas recomendam fazer o autoexame da glândula.

BOXE

SAIBA MAIS DETALHES E COMO TRATAR A DOENÇA:

TRATAMENTO - cirúrgico, geralmente. A tireoide é retirada e o local recebe radiação ionizante. A chance de cura é de 90%, sendo que depois o paciente passa a tomar um remédio (um comprimido ao dia) que substitui os hormônios produzidos pela glândula

PRESTE ATENÇÃO SE...

- Você passou por tratamentos à base de radiação. A técnica era bastante usada até a década de 1960. Acne, amidalite e até piolhos eram combatidos dessa forma.

- Se você tem histórico de nódulos de tireoide na família. A resistência da glândula aos fatores agressores tem ligação com um padrão genético herdado.

- Se você é homem. Nódulos de tireoide são muito mais frequentes em mulheres, quando aparecem em homens merecem mais atenção: o risco de serem malignos é maior.

- Se você tem menos de 20 anos ou mais de 60 anos. Os nódulos de tireoide costumam aparecer na mulher jovem, entre 20 e 50 anos. Quando surgem na infância ou na terceira idade há mais chance de representarem um quadro de câncer.

FAÇA AUTOEXAME -

Material necessário: Copo com água e um espelho (com cabo, se possível)

Procedimentos: 1. Segure o espelho e procure em seu pescoço a região logo abaixo do 'pomo-de-adão' (local popularmente conhecido como gogó) 2. Incline a cabeça para trás para que o pescoço fique mais exposto e focalize esta região no espelho 3. Beba um gole de água 4. Com o ato de engolir, a tireoide sobe e desce. Observe se existe algum aumento ou saliência. Não confunda a tireoide com o 'gogó'. Lembre-se de que a glândula está logo abaixo dele. Repita este procedimento várias vezes até ter certeza 5. Ao notar qualquer alteração, consulte o seu endocrinologista.

Fonte: Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia

Livro para quem quer ficar em forma com saúde e prazer

Sucesso de vendas em sua primeira edição (mais de 15 000 leitores já estão treinando com as orientações do livro), o Programa de Caminhada e Corrida, lançado pela SAÚDE!, da Editora Abril, escrito pelo renomado e preparador físico preferido das celebridades, Marcos Paulo Reis ao lado dos triatletas Emerson Gomes e Fabio Rosa, ganha sua segunda edição, revisada e atualizada, com o que há de mais moderno quando o assunto é preparação física para amadores.

O livro é um guia completo, simples e objetivo, que ensina todos os passos de um treinamento de 16 semanas para quem pretende praticar caminhada esportiva e corrida com segurança e prazer. Ele apresenta planilhas detalhadas, dia após dia, que podem ser seguidas por homens e mulheres de todas as idades. Também traz dicas de alimentação e escolha do melhor tênis para os diferentes tipos de pisada:

Abaixo, seguem alguns trechos do livro com dicas básicas e bem valiosas para quem quer começar a atividade física:

Qual é a melhor alimentação para quem treina durante o dia?

"Para quem treina pela manhã, o melhor é investir em um desjejum leve antes de queimar o solado do tênis. Um sugestão de cardápio: suco de fruta, torrada de pão integral com geléia e ricota. Saia de casa munido de garrafa de água porque é importante se manter hidratado. Depois do treinamento, aí sim tome um bom café da manhã, que pode incluir pão integral, queijo branco, suco de fruta e iorgute, de preferência desnatado".

DICA

"É imprescindível tomar café da manhã. Quando acordamos os níveis de glicose, estão lá em baixo. É algo para esportistas ou não. Após o exercício físico, tudo vai depender do seu treino. Priorize os carboidratos se a atividade enfatizar exercícios aeróbicos. Por outro lado, após levantar pesos, invista em proteínas".

Qual o melhor tênis para a caminhada ou corrida? Depende de quais fatores?

"Modelos de tênis não faltam no mercado para todos os pés e pisadas. Um par dura entre 400 e 500k em média. Mas ele não será tão longevo se for usado diariamente. Para escolher corretamente o tênis é necessário se ater a alguns detalhes: primeiro é procurar uma loja especializada, pois muitas já contam com testes, como os que filmam os pés descalçados. Eles auxiliam a identificar o tipo de pé e a forma da pisada. E isso pode ser fundamental para evitar problemas futuros.Existem tênis específicos para os seguintes tipos de pé: pé chato ou plano, pé cavo e pé neutro. A maneira de pisar é outro ponto a ser considerado. Há basicamente três pisadas: pronador, supinador, neutro".

DICAS:

- "O tênis deve também ser meio número maior do que se usa. Além do conforto, evita o atrito com as unhas dos pés e ainda um tênis mais folgado não terá o seu formato alterado se o indivíduo optar por usar meias grossas.

- Checar o sistema de amortecimento, responsável por absorver o impacto. Ele deve ser mais eficiente para indivíduos que estão acima do peso.

- Quantos mais pontos do pé tocarem o calçado, mais equilibrada será a distribuição do peso. Assim, não haverá sobrecarga em nenhuma região da planta dos pés.

- A porção do calcanhar precisa ser um pouco mais elevada do que a da ponta para favorecer os movimentos de deslocamento, poupando tornozelos, joelhos e coluna.

- A parte superior do tênis, o cabedal - que ajuda a dar estabilidade - tem de promover uma boa ventilação, pois os pés transpiram muito durante o exercício".

Sobre o autor:

Marcos Paulo Reis, natural de Niterói , no Rio de Janeiro, é formado em Educação Física, pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro. Foi técnico da seleção brasileira de triatlo nas Olimpíadas de Atenas e Sydney e dos Jogos Pan Americanos de Winnipeg e Mar del Plata. É dos um dos preconizadores da assessoria para orientação de atletas amadores e trabalha com diversas personalidades como, Daniela Cicarelli, João Paulo Diniz, o VJ Thunderbird, o piloto Toni Canaan e a apresentadora Patrícia Maldonado.

Secretário João Ananias inaugura nova emergência do hospital-polo Eduardo Dias

O secretário da saúde do Estado, João Ananias, inaugura no dia 31 de março, às 9 horas, a primeira etapa das obras de ampliação do Hospital Eduardo Dias, em Aracati. A nova emergência do hospital, uma área de 642 metros quadrados, tem setores de acolhimento, agendamento de consultas, consultórios e sala de observação. A obra foi construída com recursos do Tesouro do Estado, no valor de R$ 420 mil, alocadas no Plano de Monitoramento de Ações e Projetos Prioritários do Governo do Estado - MAPP da Saúde.

Hospital-pólo da 7ª microrregião de saúde, o Hospital Eduardo Dias é referência para assistência de média complexidade para uma população de 160 mil habitantes dos municípios de Beberibe, Fortim, Icapuí, Itaiçaba e Aracati. Municipalizado em 2004, o hospital pertencia à Fundação Nacional de Saúde (Funasa). É a primeira ampliação e reforma desde a fundação, há 38 anos.

As obras vão continuar. Para a segunda etapa de ampliação do hospital Eduardo Dias, as obras serão licitadas já no mês de abril. Com mais essa ampliação, o hospital passará a contar com o centro de imagens equipado com um tomógrafo fornecido pelo Ministério da Saúde e aparelho raio X de última geração, garantido pelo Governo do Estado. Com as obras, o hospital-pólo vai melhorar a assistência de média complexidade na região, aumentando a capacidade de atendimento e evitando transferências de pacientes para a capital.

Mais quatro hospitais-polo foram ampliados e reformados. No início deste mês, o secretário João Ananias inaugurou as novas instalações da emergência, laboratório e do setor de nutrição do hospital-pólo Santa Isabel, em Aracoiaba. Em Tauá, no Hospital-pólo Alberto Feitosa Lima, foram realizadas obras no centro de parto. Em Quixeramobim, a emergência do Hospital Dr. Pontes Neto ficou ampliada e nova. Em Limoeiro do Norte, o hospital-pólo Deoclécio Lima Verde, também está com uma nova emergência. Para a realização das obras dos cinco hospitais-pólo, o Governo investiu, em recursos do Tesouro Estadual, 1 milhão e 765 mil reais.

Hospitais-pólo são uma estratégia da Sesa, com hospitais públicos e filantrópicos, para reforçar a assistência à saúde da população na média complexidade e atenção secundária.Tudo para ampliar e melhorar a assistência na região, reduzindo deslocamento de pacientes para Fortaleza. Por mês, a Secretaria da Saúde do Estado libera, através de convênios, 3 milhões e 825 mil reais para 34 hospitais-pólo. Os recursos são exclusivamente do Tesouro do Estado.

Fonte: SESA - CE

FNS: PACS E PSF já estão disponíveis. Saúde Bucal será pago em seguida

Gestores Municipais de Saúde já podem contar com os recursos já transferidos do Piso de Atenção Básica Variável (PAB Variável) relativamente a ao menos dois de seus componentes - os programas de Agentes Comunitários de Saúde (PACS) e o Saúde da Família (PSF). Outro dos incentivos, embora esteja assegurado, o Programa de Saúde Bucal, ainda não está disponível para os municípios, o que deverá ocorrer em breve, porém sem previsão do Fundo Nacional de Saúde (FNS).

Esses pagamentos, como se sabe, obedecem aos fundamentos do Bloco da Atenção Básica, um dos cinco blocos de financiamento que, a partir da definição do Pacto pela Saúde, passaram a compor os recursos federais destinados ao custeio de ações e serviços da Saúde.

Este Bloco é formado por dois componentes: o Piso de Atenção Básica Fixo (PAB Fixo) e o Piso da Atenção Básica Variável (PAB Variável), precisamente o concernente aos entendimentos mantidos entre o Presidente do Conasems e o diretor do FNS para a atual transferência.

Este PAB Variável é constituído por recursos destinados ao custeio de estratégias, realizadas no âmbito da atenção básica em Saúde. Os recursos do PAB Variável são transferidos do Fundo Nacional de Saúde (FNS) aos fundos de Saúde dos municípios e Distrito Federal mediante adesão e implementação das ações às quais se destinam, desde que constantes nos respectivos planos de saúde.

Com a aprovação do Pacto pela Saúde, os recursos de custeio das ações de assistência farmacêutica e de vigilância sanitária, que antes integravam o PAB Variável, passaram a compor os blocos de financiamento da assistência farmacêutica e da vigilância em Saúde, respectivamente.

Fonte: Conasems

Saúde do Idoso

São diretrizes importantes para a atenção integral à saúde do idoso:

1) promoção do envelhecimento ativo e saudável;

2) manutenção e reabilitação da capacidade funcional;

3) apoio ao desenvolvimento de cuidados informais.

O envelhecimento ativo e saudável consiste na busca pela qualidade de vida por meio da alimentação adequada e balanceada, prática regular de exercícios físicos, convivência social estimulante, busca de atividades prazerosas e/ou que atenuem o estresse, redução dos danos decorrentes do consumo de álcool e tabaco e diminuição significativa da auto-medicação. Um idoso saudável tem sua autonomia preservada, tanto a independência física, como a psíquica.

É importante qualificar os serviços de Saúde para trabalhar com aspectos específicos da saúde da pessoa idosa (como a identificação de situações de vulnerabilidade social, a realização de diagnóstico precoce de processos demenciais, a avaliação da capacidade funcional etc). É necessário garantir acesso a instrumentos diagnósticos adequados, a medicação e a reabilitação funcional da população idosa, prevenir a perda de capacidade funcional ou reduzir os efeitos negativos de eventos que a ocasionem.

Cabe, portanto, à gestão municipal da saúde desenvolver ações que objetivem a construção de uma atenção integral à saúde dos idosos em seu território. É fundamental organizar as equipes de Saúde da Família e atenção básica, incluindo a população idosa em suas ações (por exemplo: atividades de grupo, promoção da saúde, hipertensão arterial e diabetes mellitus, sexualidade, DST/aids). Seus profissionais devem estar sensibilizados e capacitados a identificar e atender às necessidades de Saúde dessa população.

Fonte: Ministério da Saúde

terça-feira, 16 de março de 2010

Começam obras das policlínicas de Quixadá, Crateús e Tianguá

Nos dias 19 e 20 deste mês aumenta de 12 para 15 o total de policlínicas regionais já em construção pelo Governo do Estado. Na próxima sexta-feira, 19 de março, o Governador do Estado, Cid Gomes, e o secretário da saúde, João Ananias, estarão em Quixadá e em Tianguá para a assinatura da ordem de serviço das policlínicas. Em Quixadá, a solenidade será às 9 horas, no canteiro de obras, Avenida Juscelino Kubitschek, s/n, centro. Em Tianguá, a solenidade está marcada para as 19 horas. No sábado, 20, às 20h30min, o governador e o secretário assinarão a ordem de serviço da policlínica de Crateús, além de darem início também as obras do CEO Regional em Crateús.

As policlínicas e os CEOs, unidades regionais, são obras do Programa de Expansão e Melhoria da Assistência Especializada à Saúde no Estado do Ceará, desenvolvido pela Secretaria da Saúde. Com as novas unidades, o objetivo é ampliar o acesso aos serviços especializados de saúde na própria região onde as pessoas moram, evitando transferências para a capital. Nas policlínicas de Quixadá, Tianguá e Crateús, classificadas de tipo dois, a população das microrregiões terá acesso a 13 especialidades, incluindo neurologia.

Nas três policlínicas regionais, além de recursos do Tesouro do Estado, há investimentos do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID). O Governo do Estado participa com 33% dos recursos e o BID financia 67%. Nas obras da policlínica regional de Quixadá o investimento é de R$5.998.700,79. Em Tianguá, R$6.195.000,00. Na policlínica regional de Crateús o valor é de R$6.046.370,30. Nas obras do CEO de Crateús está sendo investido mais de 1 milhão - R$1.187.500,27. Cinco CEOs regionais estão concluídos – Ubajara, Juazeiro do Norte, Acaraú, Russas e Baturité.

Já existem policlínicas regionais sendo construídas em Acaraú, Aracati, Baturité, Brejo Santo, Camocim, Campos Sales, Canindé, Icó, Itapipoca, Pacajus, Russas, Tauá. Como unidades regionais, nas policlínicas está garantida assistência aos moradores de todos os municípios que integram as microrregiões. No caso da políclinica regional de Quixadá, o atendimento é para os 288 mil habitantes da microrregião, formada, além de Quixadá, pelos municípios de Banabuiú, Choró, Ibaretama, Milhã, Pedra Branca, Solonópole, Senador Pompeu, Quixeramobim e Ibicuitinga. Na policlínica de Tianguá o acolhimento e atendimento especializado será para os 281 mil habitantes de Croatá, Carnaubal, Guaraciaba do Norte, Ibiapina, São Benedito, Ubajara, Viçosa do Ceará, incluindo Tianguá. Em Crateús, a policlínica regional dará acesso a serviços de saúde aos 291 mil habitantes da microrregião de Ararendá, Ipaporanga, Independência, Ipueiras, Monsenhor Tabosa, Nova Russas, Novo Orienta, Poranga, Tamboril e Quiterianópolis.

Por mês, cada policlínica regional realizará 4.488 consultas, 4.400 exames e 2.992 outros atendimentos especializados. A população terá acesso, sem sair da região ao contrário do que acontece hoje, a 13 especialidades: neurologia, endocrinologia, angiologia, clínica médica, cirurgia, gineco-obstetrícia, traumato-ortopedia,cardiologia, gastroenterologia, mastologia, otorrinolaringologia, ofalmotologia e urologia

Fonte SESA- CE

Hipertensão

O que é Hipertensão Arterial?

Hipertensão Arterial ou pressão alta é quando a pressão que o sangue exerce nas paredes das artérias para se movimentar é muito forte, ficando acima dos valores considerados normais.

Sou hipertenso. O que devo fazer?

•Meça sua pressão regularmente;
•Diminua a quantidade de sal na comida. Use no máximo 1 colher de chá para toda a alimentação diária. Não utilize saleiro à mesa e não acrescente sal no alimento depois de pronto;
•Tenha uma alimentação saudável;

EVITE:

•Açúcares e doces;
•frituras;
•derivados de leite de forma integral, com gorduras;
•carnes vermelhas com gordura aparente e vísceras;
•temperos prontos;
•alimentos industrializados que vêm em latas ou vidros;
•alimentos processados e industrializados como embutidos, conservas, enlatados, defumados, charque;

PREFIRA:

•Alimentos cozidos, assados, grelhados ou refogados;
•temperos naturais como limão, ervas, alho, cebola, salsa, cebolinha;
•frutas verduras e legumes;
•produtos lácteos desnatados;
•Diminua ou abandone o consumo de bebidas alcoólicas;
•Mantenha um peso saudável. Também é importante avaliar a medida da circunferência abdominal (cintura), que no homem não deve ultrapassar 94 cm e, na mulher, 80 cm;
•Pratique atividade física pelo menos 5 dias por semana. Faça caminhadas, suba escadas em vez de usar o elevador, ande de bicicleta, nade, dance;
•Não fume! Depois da hipertensão, o fumo é o principal fator de risco para doenças cardiovasculares;
•Controle o estresse (nervosismo). Tente administrar sues problemas de uma maneira mais tranqüila. A "arte de viver bem" é enfrentar os problemas do dia-a-dia com sabedoria e tranqüilidade;

Se utilizar medicamentos:

•Tome medicações conforme orientação médica;
•Se tiver qualquer dúvida sobre o medicamento, converse com seu médico;
•Compareça as consultas regularmente;
•Não abandone o tratamento;

Pense nisso:

•Hipertensão arterial ou pressão alta não tem cura, mas tem controle;
•O tratamento da pressão alta é realizado por toda a vida;
•O tratamento adequado da hipertensão prolonga a vida e melhora a qualidade de vida;
•Se você estiver acima do peso adequado, seu risco de desenvolver doenças do coração é maior. Com o emagrecimento, sua pressão pode diminuir ou até se normalizar. Desse modo, poderá necessitar de menos remédios!
•Fumantes apresentam risco maior de infarto, derrame, doenças nas artérias, câncer de pulmão e várias outras doenças!
Portanto:
•Meça sua pressão arterial regularmente;
•Tenha uma alimentação saudável e pratique atividade física;
•Siga as orientações do seu médico, elas contribuirão para o controle da pressão arterial e para a diminuição dos riscos de doenças cardiovasculares;
•O controle da pressão alta está em suas mãos. Qualidade de vida se conquista!

Com estas medidas é possível viver mais e melhor.
Tratar a pressão alta é um ato de FÉ na vida!

Fonte: Sociedade Brasileira de Cardiologia

sexta-feira, 12 de março de 2010

LARGUE O CIGARRO ENQUANTO É TEMPO

Cigarro é câncer de pulmão, de boca, língua, garganta, laringe, faringe, esôfago, estômago, intestino, bexiga, mama, próstata, colo de útero...

Quando se vê um daqueles fumantes crônicos, que praticamente engatam um cigarro no outro, é comum pensar que ali está uma vítima potencial de sérios problemas respiratórios e principalmente do câncer de pulmão. Mas há muito mais por trás da cortina de fumaça, a começar pelos tipos de câncer que podem surgir ou evoluir sob estímulo continuado de anos de exposição ao cigarro. A lista começa nos órgãos ligados às vias aéreas superiores – boca, língua, garganta, laringe, faringe, esôfago e, claro, os pulmões – estendendo-se pelo estômago, intestino, bexiga, mama, próstata e colo de útero.

Conforme documento reproduzido pelo Inca - Instituto Nacional de Câncer, a fumaça do cigarro conduz no mínimo 60 substâncias químicas comprovadamente cancerígenas. Isso também significa perigo para o fumante passivo, que absorve partículas presentes na fumaça, ainda que em escala menor que a do tragador.

O PASSEIO DA FUMAÇA PELO CORPO

Pesquisadores observaram que após uma tragada, uma parte dos elementos tóxicos é absorvida pelas mucosas da boca e da garganta, enquanto outra é despejada nos pulmões. A partir daí a fumaça do tabaco é distribuída para o sistema circulatório. E como o volume de sangue do corpo percorre os pulmões em um minuto, as substâncias espalham-se pelo organismo com uma velocidade equivalente à de substâncias introduzidas por uma injeção intravenosa.

Dados da OMS calculam que morrem anualmente 4,9 milhões pessoas em todo o mundo em decorrência do hábito de fumar. No Brasil, estima-se que cerca de 200 mil mortes/ano são decorrentes do tabagismo e, segundo o Inca, o câncer de pulmão é a segunda causa de morte entre homens e mulheres, perdendo apenas para o câncer do estômago.

O PREÇO DO TRATAMENTO

Levantamento feito por pesquisadores do Hospital Universitário Clementino Fraga Filho, no Rio de Janeiro, afirma que o custo do tratamento para abandonar o vício de fumar custa, no Brasil, R$ 428,00 por pessoa - metade do orçamento SUS quando consideramos apenas 1 milhão de pessoas a cada ano em busca do tratamento. Já para pagar o tratamento das cinco principais doenças causadas pelo fumo – acidente vascular cerebral, doença pulmonar obstrutiva crônica, câncer de pulmão e ataque cardíaco – o Sistema Único de Saúde gasta muito mais. Só em 2005 foram 15% do orçamento, cerca de R$ 1 bilhão anuais. Assim, é possível concluir que a queda do tabagismo também passa a ser uma questão vital para a sobrevivência do sistema de saúde no país.

Fonte: Associação Brasileira de Combate ao Câncer Infantil e Adulto

Gripe H1N1 na gravidez

Estou grávida. Preciso me preocupar com a gripe suína?

Sim. A gripe suína, causada pelo vírus influenza A/H1N1, já demonstrou provocar mais complicações e mortes entre as gestantes, embora os cientistas não consigam explicar o motivo.

Por isso, as grávidas estão no grupo de risco para a gripe suína e estão incluídas na campanha de vacinação do governo. Se você está grávida, deve tomar a vacina, que é grátis. Veja aqui o calendário da vacinação. Crianças de 6 meses até 2 anos também devem tomar a vacina gratuita.

O risco maior das complicações da gripe suína é para a saúde da mãe, pois ela pode piorar rápido e ficar com pneumonia e dificuldade de respirar. Mas, se a mãe não estiver bem, o bebê acaba sofrendo também. O parto prematuro é um dos riscos.

Grávidas com sintomas de gripe, principalmente febre, tosse e/ou dor de garganta, devem falar com o médico nas primeiras 24 horas, mesmo que tenham sido vacinadas. O motivo é que o remédio específico para combater o H1N1, um antiviral, funciona melhor se tomado nas primeiras 48 horas da doença.

É importante ficar sempre atenta para os sinais de alerta de problemas na gravidez

Tem algum jeito de evitar a gripe suína?

Sim, existe vacina. A primeira campanha de vacinação contra o vírus H1N1 começou no Brasil em março de 2010, e a imunização é gratuita para os grupos considerados mais vulneráveis, como as gestantes. A vacinação é feita por etapas, com diferentes datas para diferentes grupos, incluindo grávidas e bebês de 6 meses a 2 anos de idade. Veja o calendário da vacinação no site do Ministério da Saúde.

Além disso, medidas simples de higiene podem ajudar a evitar a gripe H1N1. São elas:

• Lave as mãos com frequência, principalmente antes das refeições. O ideal é usar água morna e sabonete. Esfregue os dois lados das mãos por ao menos 15 segundos e enxágue com bastante água. Quando não tiver acesso a água e sabão na hora, carregue com você um gel anti-séptico para as mãos à base de álcool, ou então lenços umedecidos.

• Evite colocar as mãos no nariz, olhos ou boca. Você pode até achar que suas mãos estão limpas, mas, se elas encostaram em uma maçaneta, xícara, porta de geladeira ou de banheiro que alguém contaminado tocou, o vírus pode ter sido passado para suas mãos.

• Vírus e bactérias podem sobreviver por duas horas ou mais em superfícies como torneiras ou telefones. Por isso, lavar as mãos com frequência é uma medida que ajuda a evitar infecções de um modo geral.

• Não beije ou cumprimente com as mãos pessoas gripadas. Se não tiver jeito mesmo, lave bem as mãos logo depois.

• Abra todos os dias as janelas de casa e mantenha os ambientes bem arejados.

• Evite multidões e locais com concentração de pessoas, especialmente os fechados (isso vale para o transporte público, onde houver surto). Se trabalhar em locais fechados, peça para que as janelas sejam abertas e procure ficar perto delas, no lugar mais ventilado do ambiente.

• Evite viajar para áreas com surtos graves da doença.

• Oriente as pessoas a não tossir ou espirrar cobrindo a boca com as mãos, porque elas ficam então cobertas de vírus, que pode ser facilmente espalhado. A recomendação é cobrir o nariz e a boca com papel higiênico ou lenço de papel ao espirrar ou tossir e depois jogá-los fora. Quando não há papel descartável à mão, é melhor cobrir a boca com o braço. Muitos especialistas até acham esse método melhor que o papel.

• Sempre que alguém tossir ou espirrar, deve lavar bem as mãos ou limpá-las com gel anti-séptico à base de álcool ou com lenços umedecidos.

Como vou saber se estou com a gripe H1N1, ou suína?

Os sintomas da gripe suína não são muito diferentes dos da gripe comum:

• febre
• dor de garganta
• tosse
• cansaço
• dor de cabeça
• dor no corpo

Se você tiver sintomas de gripe, procure logo atendimento médico, ainda que não tenha todos esses sintomas. Como gestantes são grupo de risco para complicações, o ideal é que o médico avalie logo a necessidade de dar medicamentos antivirais, mesmo sem a confirmação de que se trata da gripe suína.

Especialistas ouvidos pelo BabyCenter consideram tosse, febre e dor de garganta os três principais sintomas da gripe suína. Se você não teve os três sintomas, é provável que não tenha tido a gripe A/H1N1.

Caso alguém próximo a você tenha pego a gripe suína, não se desespere. Existe grande chance de você não apresentar a doença. Observe bem seu organismo e, se tiver algum sintoma, entre em contato com um médico.

Veja os sinais de alerta. Se tiver algum desses sintomas, procure ajuda médica imediatamente:

• Dificuldade para respirar ou falta de ar
• Catarro com sangue
• Dor ou pressão no peito ou no abdome
• Pele azulada ou roxa
• Tontura de repente, confusão mental
• Vômitos persistentes
• Diminuição nos movimentos do bebê
• Febre alta que não cede nem com paracetamol

Como é o tratamento para uma grávida?

Grande parte dos casos da gripe A/H1N1 está sendo tratado em casa, com aqueles cuidados tradicionais para qualquer outra gripe, como bastante repouso, boa hidratação e as medidas de higiene descritas acima para evitar contágio a outras pessoas.

Mulheres grávidas, no entanto, precisam de mais atenção, por isso devem falar com o médico imediatamente se sentirem qualquer coisa diferente. É possível que o médico prefira manter a mulher no hospital, principalmente se ela estiver no final da gestação.

Os especialistas afirmam que os antivirais são recomendados para gestantes, já que os benefícios superariam os possíveis riscos do remédio para o bebê (não há estudos sobre a segurança dos antivirais na gestação e seus efeitos no desenvolvimento do feto).

É fundamental, porém, lembrar que nenhum medicamento pode ser tomado sem recomendação médica e acompanhamento.

Como as informações sobre o assunto mudam rapidamente, para saber detalhes e recomendações atualizados sobre a gripe A/H1N1 nas diferentes regiões do Brasil e em outros países, acesse o site do Ministério da Saúde. Você também pode ligar para o Disque-Saúde (tel. 0800 61 1997).

Escrito para o BabyCenter Brasil
Aprovado pelo Conselho Médico do BabyCenter Brasil