segunda-feira, 26 de dezembro de 2011

HEMORROIDAS | Sintomas e tratamento

Hemorroidas são veias dilatadas e inflamadas no ânus e reto, que podem causar dor, coceira e sangramento anal. Neste texto vamos abordar as causas, os sintomas e o tratamento das hemorroidas.

O que são hemorroidas?

A porção terminal do trato digestivo é composta pelo reto, pelo canal anal e pelo ânus propriamente dito. Como em qualquer outra parte do nosso corpo, esta região é vascularizada por artérias e veias que recebem o nome de artérias e veias hemorroidárias.

A maioria das nossas veias contém válvulas que ajudam o sangue a seguir sempre em uma mesma direção, impedindo seu retorno mesmo quando contra a gravidade. Por exemplo, o sangue nas veias da perna corre sempre contra a gravidade, graças às válvulas ele consegue subir sem ficar represado nas pernas. Quando as veias ficam doentes e as suas válvulas param de funcionar, surgem as varizes, veias tortuosas onde o sangue fica congestionado.

Ao contrário das veias do resto do corpo, as veias hemorroidárias não possuem válvulas para impedir o represamento de sangue. Portanto, qualquer aumento da pressão nessas veias propicia o seu ingurgitamento. As hemorroidas são como varizes das veias hemorroidárias. Assim como em qualquer variz, o sangue represado aumenta o risco de trombose e inflamações das veias.

Portanto, hemorroidas são dilatações das veias do reto e ânus, que podem vir acompanhadas de inflamação, trombose ou sangramento.

As hemorroidas são classificadas em:

- Hemorroidas internas: quando ocorrem no reto.
- Hemorroidas externas: quando ocorrem no ânus ou no final do canal anal.

As hemorroidas internas são ainda classificadas em quatro graus:

- Hemorroidas grau I: não prolapsam através do ânus.
- Hemorroidas grau II: prolapsam através do ânus durante a evacuação mas o retornam à sua posição original espontaneamente.
- Hemorroidas grau III: prolapsam através do ânus e a sua redução só é conseguida manualmente.
- Hemorroidas grau IV: estão prolapsadas através do ânus e a sua redução não é possível.

As hemorroidas internas grau I não são visíveis e as hemorroidas grau II normalmente passam despercebidas pelos pacientes, já que ninguém fica olhando para o ânus enquanto defeca. Como o reto e o canal anal possuem pouca inervação, este tipo de hemorroida não costuma causar dor.

As hemorroidas externas são facilmente identificadas e costumam inflamar causando dor e/ou prurido (comichão).

Causas de hemorroida

As hemorroidas são um distúrbio muito comum. Estima-se que mais da metade da população acima dos 50 anos sofra de hemorroidas em graus variáveis.

Os principais fatores de risco são:

- Constipação intestinal (prisão de ventre).
- Esforço para evacuar.
- Obesidade
- Diarréia Crônica
- Prender as fezes com frequência, evitando defecar sempre que há vontade.
- Dieta pobre em fibras.
- Gravidez.
- Sexo anal.
- História familiar de hemorroidas.
- Tabagismo
- Cirrose e hipertensão
- Ficar longos períodos sentados no vaso sanitário (há quem ache que o próprio design dos vasos propicie a formação de hemorroidas).

O hábito de evacuar agachado, muito comum no Oriente Médio e Ásia, está associado a uma menor incidência de hemorroidas. Aparentemente, evacuar sentado, como a maioria de nós habitualmente faz, pode aumentar a incidência de hemorroidas.

Independente dos fatores de risco, as hemorroidas se formam quando há aumento da pressão nas veias hemorroidárias ou fraqueza nos tecidos da parede do ânus, responsáveis pela sustentação das mesmas.

Sintomas das hemorroidas

As hemorroidas podem ser sintomáticas ou não. Como já dito anteriormente, as internas tendem a ser menos sintomáticas. O único sinal indicativo da sua existência pode ser a presença de sangue ao redor das fezes ao evacuar.

O sangramento das hemorroidas se apresenta tipicamente como uma pequena quantidade de sangue vivo que fica ao redor das fezes. Às vezes, o paciente pode notar pingos de sangue no vaso após o término da evacuação. É comum também haver sangue no papel higiênico após a limpeza.

As hemorroidas internas podem causar dor se surgir uma trombose ou quando o esforço crônico para evacuar causa o prolapso da hemorroida para fora no canal anal. As hemorroidas internas grau III e IV podem estar associadas à incontinência fecal e à presença de um corrimento mucoso, que provoca irritação e comichão anal.

As hemorroidas externas são por via de regra sintomáticas. Estão associadas a sangramentos e dor ao evacuar e ao sentar. Em casos de trombose da hemorroida, a dor pode ser intensa. O prurido é outro sintoma comum. As hemorroidas externas são sempre visíveis e palpáveis.

Apesar de ser uma causa comum de hemorragia retal, é importante nunca assumir que o sangramento é devido às hemorroidas sem antes consultar um médico. Várias doenças, como fissura anal, câncer do reto, doença diverticular e infecções também podem se manifestar com sangue nas fezes. Além disso, nada impede que o paciente tenha hemorroidas e outra doença que também curse com sangramento anal, como um câncer, por exemplo. Portanto, todo sangramento anal deve ser avaliado por um médico, de preferência proctologista.

O sangramento das hemorroidas costuma ser de pequena quantidade, mas, ser for frequente, pode até levar à anemia.

Hemorroidas podem virar câncer?

NÃO! HEMORROIDAS NÃO VIRAM CÂNCER! Entretanto, os sintomas podem ser parecidos com os tumores intestinais, principalmente nos cânceres do reto e ânus. Por isso, é importante estabelecer o diagnóstico diferencial, especialmente em maiores de 50 anos. Reforçando a recomendação: todo sangramento anal deve ser avaliado por um médico.

Diagnóstico das hemorroidas

Nas hemorroidas externas o exame físico é suficiente para o diagnóstico. Nas internas é preciso realizar o toque retal e, caso haja dúvida, a anuscopia (uma mini endoscopia onde se visualiza o reto por vídeo).

Em doentes idosos com sangramento pelo reto, mesmo que se identifiquem hemorroidas, é conveniente realizar a colonoscopia para se descartar outras causas. Como as hemorroidas são muito comuns nesta faixa etária, nada impede que o paciente tenha uma segunda causa para o sangramento, como um câncer do intestino ou um divertículo.

Tratamento das hemorroidas - Remédios para hemorroidas

Durante as crises, os banhos de assento com água morna podem trazer alívio para os sintomas agudos. Nas grávidas sugerimos compressas úmidas mornas. Deve-se também evitar limpar o ânus com papel higiênico, dando preferência ao bidê ou a jatos de aguá morna.

Nas pessoas com constipação intestinal, laxantes então indicados para diminuir a necessidade de fazer força ao evacuar.

Pomadas e cremes para hemorroidas, como o Proctyl ou Xyloproct, podem ser usados temporariamente, já que servem de lubrificante para a passagem das fezes e contém anestésicos em sua fórmula. O alívio é apenas temporário e não se deve usar esses cremes sem orientação médica. Supositórios com corticoides são outra opção quando há muita dor ou comichão, porém, é um tratamento que não deve ser usado por mais de uma semana devido aos seus possíveis efeitos colaterais. Medicamentos em comprimidos, como o Varicell, não apresentam eficácia comprovada.

Um dieta rica em fibra diminui a incidência de sangramentos e pode aliviar também a coceira.

Apesar de evitar alimentos picantes ser um dica muito famosa, não há provas de que a pimenta piore os sintomas. Isto deve ser avaliado individualmente.

Nas pequenas hemorroidas externas com trombos, o tratamento pode ser feito no consultório médico com uma pequena incisão, com anestesia local, para retirada dos coágulos. Isto é suficiente para o alívio dos sintomas.

Escleroterapia

Em casos mais graves, pode ser necessária a laqueação elástica. Uma borracha é introduzida na base das hemorroidas, causando estrangulamento e necrose das mesmas. Depois de alguns dias, a hemorroida "cai", saindo sozinha pelo ânus junto com o elástico. É uma técnica que pode ser feita no próprio consultório do proctologista. Costuma ser indolor e muitas vezes não se usa nem anestesia.

Outra opção é a escleroterapia. Consiste na injeção de uma solução química que causa necrose das hemorroidas. Uma terceira opção é a coagulação à Laser. Das três técnicas, a ligadura elástica é a que apresenta melhores resultados.

Se as técnicas pouco invasivas não surtirem efeito, ou se a hemorroida for muito grande, o tratamento deve ser feito com cirurgia tradicional, chamada de hemorroidectomia.


Uma nova opção de tratamento para hemorroidas é a desarterialização hemorroidária transanal guiada por Doppler (THD), uma técnica criada em 1995 e aperfeiçoada ao longo dos últimos anos. A técnica consiste na introdução de um pequeno aparelho de doppler (ultra-som) no ânus para identificação das artérias hemorroidarias; através de uma pequena agulha essas artérias são suturadas de modo a reduzir o fluxo de sangue que chega nas regiões onde existem as hemorroidas. Chegando menos sangue, a pressão dentro das hemorroidas diminui, fazendo com elas "sequem".

A técnica THD não tem cortes e o risco de sangramento é muito baixo. O pós-operatório é menos doloroso que nas técnicas com cortes e há baixo índice de recidivas das hemorroidas. O tempo de recuperação é mais curto e o paciente consegue voltar às atividades normais em 48h. O procedimento é feito com anestesia local e uma leve sedação.

O THD é uma técnica relativamente nova e ainda não há trabalhos que comparem sua eficácia a longo prazo com as técnicas mais antigas, porém, a tendência é que se transforme no método de eleição no tratamento das hemorroidas.

Fonte: MD. Saúde

Autor do artigo

Dr. Pedro Pinheiro - Médico formado pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) em 2002. Diploma reconhecido pela Universidade do Porto, Portugal. Título de especialista em Medicina Interna pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ) em 2005. Título de Nefrologista pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ) e pela Sociedade Brasileira de Nefrologia (SBN) em 2007. Título de Nefrologista pelo Colégio Português de Nefrologia.

COQUELUCHE: Sintomas, tratamentos e vacina

A coqueluche, também conhecida como pertússis ou tosse convulsa, é uma infecção altamente contagiosa do trato respiratório causada pela bactéria Bordetella pertussis. A coqueluche, uma doença atualmente prevenível por vacina, cursa com violentas crises de tosse dolorosa. Neste texto vamos abordar a transmissão, sintomas, tratamento e prevenção desta infecção

Epidemiologia da coqueluche

Até a primeira metade do século XX a coqueluche era uma das principais causas de morte em crianças. Após o advento da vacina na década de 1940, a incidência despencou, principalmente nos países desenvolvidos, tornando-se uma doença pouco comum. No Brasil são registrados cerca de 1000 novos casos de coqueluche por ano. Apesar de incomum em boa parte do planeta, a coqueluche ainda atinge anualmente cerca de 40 milhões de pessoas no mundo, principalmente na África e no Sudeste Asiático.

Nas últimas 2 décadas a incidência de coqueluche tem aumentado em todo mundo, inclusive na Europa e EUA. As causas ainda não são conhecidas, mas acredita-se que seja por uma conjunção de fatores, como perda da eficácia da vacina em adultos vacinados há muito tempo, falhas na vacinação da população infantil (são necessárias pelo menos 3 doses da vacina para uma imunização efetiva) e uma maior capacidade da medicina em diagnosticar a doença.

A despeito da vacinação, a cada 2 a 5 anos ocorrem surtos localizados de coqueluche em praticamente todos os países (não necessariamente ao mesmo tempo). Este dado nos indica que a vacinação é eficaz em prevenir a doença, mas não elimina a circulação da bactéria no meio. Sempre que há acúmulo de indivíduos susceptíveis, seja por falta de vacinação ou por perda de eficácia da mesma com o tempo, a coqueluche reaparece pontualmente.

Transmissão da coqueluche

O ser humano é o único animal que abriga a bactéria Bordetella pertussis. A coqueluche é uma doença altamente contagiosa, sendo a transmissão feita através de aerossóis e gotículas das vias aéreas lançadas ao ambiente, principalmente durante a tosse. Após um episódio de tosse a bactéria é lançada ao ar e pode infectar pessoas em um raio maior do 1,5 metros de distância. A transmissão pelas mãos é uma importante via de propagação da doença.

Assim com em qualquer caso de infecção contagiosa das vias respiratórias, a transmissão de vírus e bactérias é feita por aerossóis expelidos durante a fala, espirros e tosse. Entretanto, a principal via de transmissão costuma ser as mãos, que são frequentemente levadas à boca e ao nariz do indivíduo enfermo, entrando em contato com secreções contaminadas, tornando-se assim um importante reservatório de germes. Para diminuir o risco de contaminação evite contato próximo e prolongado com pessoas infectadas com infecções respiratórias e lave as mãos com frequência, pois mesmos objetos manuseados por indivíduos doentes podem transmitir germes. Uma vez que haja bactérias ou vírus na sua mão, basta coçar o nariz ou encostá-la na boca para se contaminar.

Sintomas da coqueluche

Após a exposição à bactéria Bordetella pertussis, o tempo médio de incubação é de 7 a 10 dias. Quando surgem os sintomas, a doença pode ser dividida em 3 estágios:

1. Estágio catarral

O estágio catarral é a primeira fase da coqueluche e dura de 1 a 2 semanas. O sintomas são semelhantes ao de uma virose respiratória comum, com febre baixa, rinite, mal estar, conjuntivite, espirros e tosse. Esta é a fase onde a doença encontra-se mais contagiosa.

2. Estágio paroxistico

Ao final do estágio catarral, a tosse que era fraca vai se tornado frequente e cada vez mais forte. Os ataques de tosses tornam-se violentos e podem durar mais de um minuto. O paciente durante as crises tem dificuldade para respirar e costuma fazer um som agudo, tipo um silvo ou "guincho", quando inspira contra as vias aéreas comprimidas pela tosse. Os ataques de tosse podem ser tão intensos que causam vômitos e exaustão. As crises são mais comuns à noite e o paciente pode ter mais de 20 episódios ao longo das 24h. As crises de tosse duram até 6 semanas, sendo mais intensas nas duas primeiras.

3. Estágio de convalescença

Após 6 semanas de estágio paroxístico, a tosse começa a aliviar, permanecendo por ainda quase 1 mês, mas já sem os paroxismos. Todavia, as crises podem voltar caso o paciente nesta fase tenha o azar de apresentar outra infecção das vias aéreas, como uma gripe, por exemplo.

Adultos podem ter coqueluche se não tiverem sido vacinados corretamente ou se a vacina tiver perdido eficácia ao longo dos anos. Neste grupo a coqueluche pode não apresentar os sintomas e estágios típicos descritos acima, principalmente se o paciente já tiver sido vacinado. O sintoma mais comuns de coqueluche no adulto são as intensas crises de tosse, que podem levar a vômitos e duram até 3 meses.

Complicações da coqueluche

As principais complicações da coqueluche ocorrem em crianças, principalmente nas menores de 6 meses. Os problemas são geralmente secundários às violentas crises de tosses e incluem:

- Pneumotórax
- Distensão muscular
- Crises convulsivas
- Hernias abdominais
- Fratura de costela
- Pneumonia
- Lesões nos ouvidos
- Lesões nos olhos

A maioria dos casos de mortes por coqueluche ocorrem em crianças menores que 6 meses, exatamente o grupo que ainda não completou a série de 5 vacinas. A taxa de mortalidade encontra-se em 1% dos casos. Quanto mais nova a criança, maior o risco.

Tratamento da coqueluche

Quando a coqueluche ocorre em crianças com até 1 ano de idade, geralmente é necessário internamento hospitalar para ajudar na hidratação e alimentação. Antitussígenos não funcionam e atualmente seu uso é desencorajado. Antibióticos contra Bordetella pertussis, se inciados precocemente, diminuem o tempo de doença e a taxa de transmissão. Após 5 dias de antibióticos, o paciente deixa de ser transmissor da bactéria.

A profilaxia com antibióticos é indicada para todos familiares ou pessoas que tiveram contato próximo com o paciente nos 21 dias que antecederam o início dos sintomas, não importando a idade ou o estado vacinal dos mesmos.

Vacina para coqueluche

O atual esquema de vacinação do ministério da Saúde no Brasil indica um total de 5 doses da vacina tríplice DTP contra difteria, tétano e pertússis (coqueluche) a serem dadas nos 2º, 4º e 6º meses, com doses de reforço no 15º mês e aos 4 anos de idade. Com o aumento da incidência de coqueluche entre adolescentes e adultos, alguns médicos estão indicando uma nova dose de reforço aos 11 anos de idade.

A vacina reduz muito a chance de contaminação, mas como qualquer vacina, não é 100% efetiva, principalmente se a última dose foi administrada há muitos anos.

Autor do artigo

Dr. Pedro Pinheiro - Médico formado pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) em 2002. Diploma reconhecido pela Universidade do Porto, Portugal. Título de especialista em Medicina Interna pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ) em 2005. Título de Nefrologista pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ) e pela Sociedade Brasileira de Nefrologia (SBN) em 2007. Título de Nefrologista pelo Colégio Português de Nefrologia.

Cid Gomes nomeia profissionais de nível superior aprovados em concurso

O governador Cid Gomes assinou na tarde desta sexta-feira, 23 de dezembro, ato coletivo de nomeação de 420 profissionais de nível superior aprovados no concurso da Secretaria da Saúde do Estado realizado em 2006. Com o ato, publicado no Diário Oficial do Estado desta sexta-feira, o Governo do Estado conclui a chamada dos aprovados no concurso da Sesa, que ofereceu 4.273 vagas.

Todos os profissionais de nível médio, no total de 2.027 concursados, e os médicos, 1.164 concursados, já foram nomeados e estão trabalhando em hospitais e unidades da rede estadual. Dos 1.082 concursados de diferentes categorias profissionais de nível superior, 600 enfermeiros já haviam sido nomeados e já trabalham na rede de assistência da Sesa. Faltavam ser chamados os fonoaudiólogos, psicólogos, fisioterapeutas, odontólogos, terapeutas ocupacionais, farmacêuticos, veterinários, nutricionistas, assistentes sociais e biólogos agora nomeados. Desses profissionais, 62 não atenderam à convocação da Sesa para apresentação de documentação.

Após a publicação da nomeação no Diário Oficial do Estado, os concursados deverão se apresentar na Sesa, que fica na Avenida Almirante Barroso, 600, Praia de Iracema, no horário das 8 às 12 horas e das 13 às 17 horas, no prazo de 30 dias.

SESA - CE

Hospital Regional do Cariri fez 64,1 mil atendimentos e mais de mil cirurgias

A mudança do perfil do acesso à assistência à saúde que o Governo do Estado está promovendo no Ceará já apresenta números expressivos na região do Cariri. Em pouco mais de seis meses de funcionamento, o Hospital Regional do Cariri (HRC) contabiliza até o dia 26 de dezembro deste ano 15.363 atendimentos de emergência, 1.337 internações e 47.419 procedimentos de apoio diagnóstico e terapêutico. O HRC é o primeiro hospital público da rede de assistência da Secretaria da Saúde do Estado construído no interior. Inaugurado em abril deste ano em Juazeiro do Norte, o HRC é um hospital de grande porte, com 284 leitos, e cobertura da população de 1,5 milhão de habitantes dos 44 municípios da macrorregião de saúde do Cariri e os municípios das microrregiões de saúde de Iguatu e Icó.

A primeira internação no HRC aconteceu no dia 20 de junho. Francisco Jucelino Sampaio, de 46 anos, foi o primeiro paciente internado, com diagnóstico de ascite, barriga d'água provocada por graves distúrbios hepáticos. Ele é morador de Abaiara, município do Cariri que fica a apenas 46 quilômetros de Juazeiro do Norte. Até esta segunda-feira, 26, o HRC realizou 619 internações na área de clínica médica, 141 de traumato-ortopedia, 501 internações cirúrgicas e 6 de UTI. Já no dia 27 de julho, quatro moradores de Juazeiro do Norte foram os primeiros pacientes a se submeter a cirurgias no HRC. Até o início de dezembro, o hospital havia realizado, até o dia 11, 1.085 cirurgias.

No dia 23 de agosto entrou em funcionamento no HRC a maior emergência pública do interior do Ceará, com 51 leitos para tratar casos de alta complexidade de pacientes dos 44 municípios da macrorregião de saúde do Cariri. O atendimento na emergência obedece o Protocolo Manchester de Classificação de Risco, com a triagem dos pacientes feita com base no nível de gravidade. Os que apresentam situação mais grave recebem no acolhimento da emergência uma pulseira vermelha e são atendidos de imediato. Pulseiras laranjas são colocadas no braço dos pacientes que terão atendimento em até 10 minutos. A cor amarela é adotada para os que podem receber assistência em até 60 minutos, a cor verde entre pacientes menos graves e serão atendidos em até 120 minutos e a cor azul em até 4 horas. Em quatro meses, 276 pacientes receberam pulseiras vermelhas, 4.806 pulseiras laranjas, 6.184 verdes e 559 azuis.

Do total de 47.419 procedimentos, o Serviço de Apoio Diagnóstico e Terapêutico (SAFT) realizou, desde o início do funcionamento do HRC, 34.483 exames laboratoriais, 6.538 exames de Raio X, 2.098 ultrassonografias e 1.720 tomografias computadorizadas. Antes do HRC, na rede pública, ressonância magnética era realizada apenas no Hospital Geral de Fortaleza (HGF).

SESA - CE