terça-feira, 6 de dezembro de 2011

Ministério lança Campanha de Combate à Dengue

O objetivo é reforçar alerta sobre a importância da prevenção. Até o final do mês, foco será na adoção de hábitos diários para conter a proliferação do mosquito transmissor

O Ministério da Saúde lançou nesta segunda-feira (5) a Campanha Nacional de Combate à Dengue 2011/2012. Com o slogan “Sempre é hora de Combater a Dengue”, o objetivo da campanha é reforçar sensibilização da população sobre a importância da prevenção contra o mosquito Aedes aegypti, mantendo hábitos simples como limpar calhas, caixas d’água e recolher o lixo.

Com formato educacional e informativo, a campanha será dirigida aos professores, agentes de saúde, gestores municipais, educadores, profissionais de saúde, crianças e a população em geral. As ações de comunicação do Ministério da Saúde são desenvolvidas com base em dois cenários: período não epidêmico e período epidêmico.

Até o fim de dezembro, durante o período não epidêmico, o foco é o incentivo para adoção de hábitos diários de prevenção, como manter garrafas vazias viradas para baixo, trocar a água das plantas aquáticas regularmente, entre outras ações capazes de reduzir os criadouros.

Para o período epidêmico, que vai de janeiro a maio, além de manter as medidas de prevenção para evitar a proliferação do mosquito transmissor, o foco da campanha enfatizará também a importância do reconhecimento dos sinais e sintomas da doença pela população. A campanha enfatiza a necessidade de acompanhamento por um profissional de saúde dos casos suspeitos de dengue e alertar sobre os riscos da auto medicação pela população.

O ministro Alexandre Padilha reforçou que as ações de combate a dengue devem se antecipar e atuar diretamente no controle dos criadouros do mosquito. “As ações de controle e combate à dengue devem se antecipar aos problemas. Isso se resume ao controle do foco do mosquito da dengue. Esse é o tema principal da campanha deste ano. Com a campanha, pretendemos alertar a população sobre a importância de manter hábitos simples de combate à doença”, explica.

A campanha nacional começa a ser veiculada ainda neste ano. Ao todo serão dois filmes de TV e três spots informativos sobre o seu lançamento nacional. As peças publicitárias incluem outdoors, folders, cartazes para transporte público, paradas de ônibus e outros.

“O slogan da campanha é uma maneira de alertar a população a adotar comportamentos cotidianos, como limpar os quintais, colocar areia nos vasos de plantas, fechar o lixo com saco plástico, entre outros. Essas ações fazem a diferença e devem ser repetidas durante todo o ano, não somente no verão”, reforça o secretário de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde, Jarbas Barbosa.

Mobilizadores – A campanha tem um papel fundamental em incentivar a co-responsabilidade da sociedade no controle da doença. Os profissionais de saúde serão orientados sobre a importância de utilizar a classificação de risco para triagem dos pacientes. A medida tem o objetivo de identificar sinais e sintomas de gravidade da doença, possibilitando, dessa maneira, o tratamento precoce e adequado. Já os agentes de saúde serão informados sobre a importância das visitas domiciliares para orientar e alertar a população sobre como eliminar os criadouros do mosquito.

Educadores e crianças - A criança interfere nos hábitos e atitudes da casa, chamando a atenção dos responsáveis para eliminação dos focos do mosquito. O papel do educador está em trabalhar este tema na sala de aula.

Redes Sociais – Além da campanha, o Ministério da Saúde também está apresentando o Observatório da Dengue pelas redes sociais, ferramenta que permitirá o monitoramento de casos suspeitos de doença em todo o país. A metodologia está sendo desenvolvida pelo Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia (INWEB), da Universidade Federal de Minas Gerais. O sistema faz o recolhimento de mensagens publicadas na rede social Twitter sobre dengue. As mensagens são filtradas e, aquelas relacionadas às queixas pessoais de suspeita de dengue, são monitoradas e avaliadas.

“Estamos utilizando mais uma ferramenta para vigilância da dengue no país. Agora temos o Observatório da Imprensa que antecede a notificação dos casos de dengue nos municípios. Por meio da rede social o ministério poderá verificar a notificação de casos de dengue feita pelos municípios, comparando os dados enviados pelas regiões com as mensagens de experiências pessoas com dengue feitas pelo twitter”, explica o ministro Alexandre Padilha.

As informações selecionadas serão enviadas à Secretaria de Vigilância em Saúde. A metodologia permite a comparação dos números de tweets captados na semana com o histórico de ocorrência dos períodos de epidemia e de baixa transmissão em cada município. Todo esse processo é feito em tempo real. Será gerado um relatório que irá mapear a suspeita dos casos de dengue nos municípios com mais de 100 mil habitantes. Com a nova tecnologia, o Ministério da Saúde terá a possibilidade de obter oportunamente informações sobre a ocorrência de possíveis surtos e assim alertar os estados e municípios.

“O observatório da dengue é uma nova metodologia que vem complementar o sistema de monitoramento da dengue no Brasil. Esse método vem sendo utilizado no mundo todo. Mas esta tecnologia não servirá para substituir o sistema de vigilância tradicional, mas ele é complementar”, disse Jarbas Barbosa.

Por Thaís Assunção, da Agência Saúde – Ascom/MS
61/3315-2577, 3580 e 2351

Exames descartam H1N1 em Quixadá e Acopiara

O único caso que foi notificado com suspeita da gripe A H1N1 em Quixeramobim foi descartado pelo Laboratório Central de Saúde Pública - Lacen, unidade da Secretaria da Saúde do Estado. Os exames confirmaram gripe comum. Em Acopiara, onde também havia um único caso notificado, outro descarte. O Lacen, além de descartar gripe A H1N1, conclui após examinar material coletado, que nem gripe comum o paciente apresentava. Já em Boa Viagem, de 24 notificados, foi confirmado 1 caso de H1N1 e 2 de gripe comum. Em Quixadá, houve confirmação laboratorial de 1 caso de gripe A e 1 caso de gripe comum.

Ainda neste final de semana, o Lacen confirmou três casos em Pedra Branca, município que notificou os primeiros casos do surto no último dia 23 de novembro, com o total passando de 14 para 17 casos de gripe A H1N1. O ritmo de crescimento do número de notificados se mantém em desaceleração em Pedra Branca. Enquanto no dia 26 de novembro foram notificados 193 novos casos e no dia 28 144 novos casos, a partir do dia 29, com o registro de 52 novos casos, o número cresce num ritmo menor. Na quinta-feira, 1º de dezembro, foram 54 novos casos notificados. No dia seguinte, o número de casos suspeitos também ficou em 54. No último sábado, 3, a notificação ficou em 48 casos, 44 no dia 4 e até o meio dia desta segunda-feira, 5, foram notificados 4 casos.

Total de casos

Até agora, desde o surgimento do surto, foram notificados 707 casos em Pedra Branca, com 17 confirmados no Lacen; 24 em Boa Viagem, com 1 confirmado; 3 em Quixadá, com 1 confirmado e 2 já descartados; 1 em Quixeramobim já descartado; e 1 em Acopiara também descartado pelo Lacen.

Os casos que surgiram até agora de gripe A H1N1 têm relação com o município de Pedra Branca, origem do surto. O tratamento de todos os casos notificados independe do resultado dos exames. Os pacientes suspeitos iniciam imediatamente o tratamento com tamiflu. A estratégia de tratar todos os pacientes com sintomas respiratórios da doença já com o tamiflu, mesmo sem a confirmação de exames laboratoriais, trouxe resultados positivos no Rio Grande do Sul, que viveu um surto de H1N1 e não registrou nenhum óbito. No Ceará, a essa estratégia recomendada pelo Ministério da Saúde, também desde o início do surto em Pedra Branca, tem dado o retorno esperado, que é evitar agravamento de casos e óbitos. Até agora todos os casos foram leves e moderados.

A Secretaria da Saúde do Estado, como medida preventiva e para garantir estoque estratégico de assistência, já liberou caixas de tamiflu para todas as 21 regionais de saúde. De abril a maio deste ano, foram vacinadas no Ceará 1 milhão e 50 mil pessoas contra gripe. Em Pedra Branca foram vacinadas 6.590 pessoas. O público alvo era formado pelas crianças de seis meses a menores de dois anos, trabalhadores da saúde, gestantes, indígenas e idosos acima de 60 anos.

Prevenção

A melhor forma de evitar a contaminação pelo vírus H1N1 é a vacinação, mas alguns cuidados podem ser tomados para evitar o contágio:

• Lavar as mãos com água e sabão (depois de tossir ou espirrar; depois de usar o banheiro, antes de comer, antes de tocar os olhos, boca e nariz);

• Evitar tocar os olhos, nariz ou boca após contato com superfícies;

• Usar lenço de papel descartável;

• Proteger com lenços a boca e nariz ao tossir ou espirrar;

• Orientar para que o doente evite sair de casa enquanto estiver em período de transmissão da doença (até 5 cinco dias após o início dos sintomas);

• Evitar aglomerações e ambientes fechados (deve-se manter os ambientes ventilados). É importante que o ambiente doméstico seja arejado e receba a luz solar, pois estas medidas ajudam a eliminar os possíveis agentes das infecções respiratórias;

• Restrição do ambiente de trabalho para evitar disseminação;

• Hábitos saudáveis, como alimentação balanceada, ingestão de líquidos e atividade física.

Sesa - CE

Oito municípios do Ceará têm recursos do PSF suspensos

Oito municípios do Ceará tiveram os repasses de Saúde do mês de outubro cortados por por duplicidade de cadastro no Sistema de Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde (SCNES) do Ministério da Saúde.

Tiveram os repasses cortados os municípios de Amontada, Fortim, Irauçuba, Missão Velha, Quiterianópolis, Russas, Uruoca e Várzea Alegre. A punição é feita sobre as equipe do Programa Saúde da Família (PSF) que estão divididas entre Equipes de Saúde da Família (ESF), Equipes de Saúde Bucal (ESB) e Agentes Comunitários de Saúde (ACS).

A cidade cearense que teve o maior número de equipes com repasses cortados foi Quiterianópolis, localizada no Sertão Cearense, com 14 equipes afetadas. Logo atrás vem o município de Uruoca, com 10 equipes tendo seus repasses cortados. No total, 58 equipes no Ceará foram afetadas pelos cortes.

A transferência dos recursos é restabelecida assim que os gestores locais comprovarem ao Ministério da Saúde que as inadequações foram solucionadas.

O programa

O Ministério da Saúde suspendeu o repasse do mês de outubro para 233 Equipes de Saúde da Família, 204 Equipes de Saúde Bucal e 1.717 Agentes Comunitários de Saúde.

O Programa Saúde da Família é a principal estratégia do Governo para reorientar o modelo de atenção à saúde da população a partir da atenção primária.

As equipes multidisciplinares, formadas por um médico, um enfermeiro, um técnico ou auxiliar de enfermagem e até 12 agentes comunitários de saúde - atendem as famílias de determinado território, desenvolvem ações de promoção da saúde, prevenção de agravos, diagnóstico e tratamento, recuperação, reabilitação de doenças.

DN Online