domingo, 5 de dezembro de 2010

Apendicite, sintomas e tratamentos

Saiba quais os sintomas da apendicite aguda e para que serve o apêndice.

Apendicite é o nome que se dá a inflamação do apêndice, um prolongamento do ceco, a região que liga o intestino delgado ao intestino grosso (cólon). O apêndice possui mais ou menos 10 cm de comprimento e tem um fundo cego. Seu formato lembra o de um verme, por isso também é chamado de apêndice vermiforme. Uma outra analogia fácil é com um balão de festa (bexiga) vazio ou um dedo de luva.

Saiba quais os sintomas da apendicite aguda e para que serve o apêndice.

Apendicite é o nome que se dá a inflamação do apêndice, um prolongamento do ceco, a região que liga o intestino delgado ao intestino grosso (cólon). O apêndice possui mais ou menos 10 cm de comprimento e tem um fundo cego. Seu formato lembra o de um verme, por isso também é chamado de apêndice vermiforme. Uma outra analogia fácil é com um balão de festa (bexiga) vazio ou um dedo de luva.

A parede do apêndice contém tecido linfático e participa na produção de anticorpos . O apêndice também serve como reservatório de bactérias intestinais que ajudam no processo de digestão.

É comum aprendermos no colégio que o apêndice é um órgão sem função, o que é não totalmente errado. O apêndice parece ser apenas um resquício evolutivo, que se não é de todo inútil, também não parece fazer falta quando retirado cirurgicamente.

Por que o apêndice inflama causando a apendicite?

O apêndice normalmente produz um volume constante de muco que é drenado para o ceco e se mistura nas fezes. O seu grande problema é ser a única região de todo o trato gastrointestinal que tem um fundo cego, ou seja, é um tubo sem saída, como um dedo de luva. Qualquer obstrução faz com que esse muco se acumule, causando dilatação do apêndice. Conforme o órgão vai ficando maior, começa a haver compressão dos vasos sanguíneo e necrose da sua parede. O processo pode evoluir até o rompimento do apêndice, a temida apendicite supurada.

O intestino é rico em bactérias e quando o apêndice fica obstruído e inflamado, elas conseguem invadir a sua parede e alcançar a circulação e o peritônio (membrana que recobre todo o trato intestinal). Este processo é chamado de translocação bacteriana, que é nada mais do que a passagem de bactérias do intestino para a circulação sanguínea.

Existem várias causas para obstrução do apêndice. Em jovens é comum ocorrer um aumento dos tecidos linfáticos em resposta a alguma infecção viral ou bacteriana. Como o diâmetro interior do apêndice tem menos de 1 cm, qualquer aumento na sua parede pode obstruir a saída. Em idosos, o mais comum é a obstrução por pedaços ressecados de fezes. Também existe a possibilidade de obstrução por neoplasia ou por vermes intestinais.

Sintomas da apendicite

O ceco e o apêndice ficam no quadrante inferior direito do abdômen, e, por isso, uma apendicite se apresenta tipicamente como uma dor nesta região. O problema é que em fases iniciais, quando há somente a distensão do apêndice, ainda sem intensa inflamação ao seu redor, os sintomas podem ser muito vagos e não necessariamente localizados neste sítio.

No começo a dor pode ser difusa, normalmente localizada na região do estômago ou em volta do umbigo. O apêndice é muito pouco inervado, por isso sua inflamação isolada é mal percebida pelo cérebro. Somente quando o peritônio, este sim rico em terminações nervosas, fica inflamado, é que o cérebro consegue identificar mais precisamente a região afetada. O quadro típico é de uma súbita dor moderada ao redor do umbigo que, conforme vai ficando mais intensa, dirige-se para o quadrante inferior direito.

Náuseas, vômitos e febre são sintomas comuns nas fases avançadas da apendicite. Pode haver diarréia ou prisão de ventre.

Quando há perfuração, ocorre uma peritonite (inflamação do peritônio) grave. O paciente apresenta intensa dor e o abdômen costuma ficar duro que nem uma pedra. O doente sente dor com estímulos simples como pisar no chão ou mudar de posição. Este quadro grave costuma cursar com sepse.
A apendicite pode ocorrer em qualquer idade mas é mais comum em adolescentes e adultos jovens.

Diagnóstico diferencial da apendicite

A apendicite é uma das principais causas de cirurgia abdominal. Porém, vários outros processos inflamatórios dentro do abdômen podem mimetizar os sintomas da apendicite, como:

- Diverticulite
- Doença de Crohn - Doença inflamatória pélvica
- Diverticulite de Merckel
- Ileíte aguda (inflamação do íleo, porção final do intestino delgado)

Apendicite crônica

Alguns pacientes apresentam quadro de obstrução intermitente do apêndice, com desobstrução quando a pressão dentro da luz fica elevada. Trata-se de um apêndice que inflama e desinflama repetidamente. É um quadro de dor abdominal repetida, que pode ser difícil diagnosticar.

Diagnóstico da apendicite

Como em qualquer doença, o diagnóstico começa pela avaliação dos sinais e sintomas através da história clínica e do exame físico.

Como explicado acima, o apêndice é pouco inervado, e em um quadro de apendicite inicial, quando ainda não há inflamação também dos órgãos ao seu redor, nomeadamente do peritônio, podem ainda não existirem sinais claros de apendicite ao exame físico.

Conforme a inflamação progride, torna-se fácil detectar uma intensa dor a palpação profunda no quadrante inferior direito do abdômen. Quando há peritonite, o paciente sente muita dor durante o exame físico quando apertamos o abdômen com uma das mãos e subitamente a retiramos. Esta dor à descompressão é típica de processos inflamatórios do peritônio.

Os exames laboratoriais também são úteis, já que pacientes com peritonite costumam apresentar um número elevado de leucócitos no hemograma (leucocitose) (leia: HEMOGRAMA
Entenda os seus resultados).

Porém, uma suspeita clínica/laboratorial de um peritônio inflamado não é suficiente para fecharmos o diagnóstico da apendicite, uma vez que existem várias causas para peritonite.

Casos típicos de apendicite, principalmente se avaliados por médicos experientes, podem ser diagnosticados sem maiores dificuldades, mas atualmente é muito comum, e fácil, solicitar exames de imagem para confirmação do diagnóstico. Os dois exames mais solicitados são a ultrassonografia e a tomografia computadorizada, sendo esta última, a mais indicada em casos duvidosos ou com suspeitas de complicações.

Tratamento da apendicite

O tratamento da apendicite é cirúrgico, podendo ser feito de modo tradicional e pela laparoscopia. A via laparoscópica é preferida em pessoas obesas, idosos e quando o diagnóstico ainda não é 100% certo na hora da cirurgia.

A cirurgia é imediatamente indicada naqueles casos com menos de 3 dias de evolução. Nos casos onde o paciente demora para procurar atendimento, a inflamação pode estar tão grande que dificulta a ação do cirurgião, aumentando o risco de complicações. Nestes casos, se a tomografia computadorizada demonstrar presença de muita inflamação ao redor do apêndice, com formação de abscesso pode ser preferível tratar a infecção com antibióticos por algumas semanas antes de levá-lo para cirurgia.

Fonte: MD Saúde

Leia mais: http://www.mdsaude.com/2009/05/sintomas-da-apendicite.html#ixzz17H7ePOKl

Cuidados com a exposição ao sol


O sol é importante para a saúde, mas é preciso ter cuidado com o excesso. Quando seus raios ultravioletas (tipo B) atingem as camadas profundas da pele, podem alterar as células do corpo e provocar envelhecimento precoce, lesões nos olhos e até câncer de pele.

Câncer de Pele
A pele é o maior órgão do corpo humano. É dividida em duas camadas: uma externa, a epiderme, e outra interna, a derme. A pele protege o corpo contra o calor, a luz e as infecções. Ela é também responsável pela regulação da temperatura do corpo, bem como pela reserva de água, vitamina D e gordura.

Embora o câncer de pele seja o tipo de câncer mais freqüente, correspondendo a cerca de 25% de todos os tumores malignos registrados no Brasil, quando detectado precocemente este tipo de câncer apresenta altos percentuais de cura.

As neoplasias cutâneas estão relacionadas a alguns fatores de risco, como o químico (arsênico), a radiação ionizante, processo irritativo crônico (úlcera de Marjolin), genodermatoses (xeroderma pigmentosum etc) e principalmente à exposição aos raios ultravioletas do sol.

Câncer de pele é mais comum em indivíduos com mais de 40 anos sendo relativamente raro em crianças e negros, com exceção daqueles que apresentam doenças cutâneas prévias. Indivíduos de pele clara, sensível à ação dos raios solares, ou com doenças cutâneas prévias são as principais vitimas do câncer de pele. Os negros normalmente têm câncer de pele nas regiões palmares e plantares.

Como a pele é um órgão heterogêneo, esse tipo de câncer pode apresentar neoplasias de diferentes linhagens. Os mais freqüentes são: carcinoma basocelular, responsável por 70% dos diagnósticos de câncer de pele, o carcinoma epidermóide com 25% dos casos e o melanoma, detectado em 4% dos pacientes. Felizmente o carcinoma basocelular, mais freqüente, é também o menos agressivo. Este tipo e o carcinoma epidermóide são também chamados de câncer de pele não melanoma, enquanto o melanoma e outros tipos, com origem nos melanócitos, são denominados de câncer de pele melanoma.

O que você precisa saber sobre Doação de Sangue

O sangue é uma substância essencial à vida, responsável pelo transporte de oxigênio, nutrientes, células, hormônios, enzimas e uma infinidade de outros elementos

Em todos os hospitais do mundo, diariamente, são realizadas transfusões sanguíneas. A transfusão de sangue é um procedimento médico realizado para salvar vidas e para tratar doentes em estado grave.

Não existe sangue artificial, nem outra substância que possa substituí-lo, portanto, para que haja transfusão, é preciso que haja doação.

A doação de sangue é um ato voluntário de generosidade ainda pouco difundido na população. Estima-se que apenas 1 a cada 30 pessoas seja doadora, uma proporção muito pequena, ainda mais quando se sabe que 1 a cada 3, eventualmente, necessitará de uma transfusão ao longo de sua vida.

DOAÇÃO DE SANGUE

O ato de doar sangue deve ser sempre voluntário, porém, nem todos os candidatos estão aptos para serem doadores, o que só aumenta a necessidade de um volume maior de candidatos.

Os requisitos básicos para ser um candidato a doação de sangue são:

- Estar bem de saúde.
- Ter mais de 18 e menos de 60 anos.
- Pesar mais que 50 kg.
- Homens não podem doar sangue 2 vezes em um espaço menor que 60 dias, respeitando o limite máximo de 4 doações por ano.
- Mulheres não podem doar sangue 2 vezes em um espaço menor que 90 dias, respeitando o limite máximo de 3 doações por ano.
- Mulheres não podem estar grávidas, nem amamentando.
- Mulheres não podem ter tido um aborto ou parto há menos de 3 meses.

Se você se enquadra nestes requisitos, já pode se candidatar (ou recandidatar) a doação. Para que o procedimento não traga riscos nem ao doador, nem ao receptor do sangue, algumas outras condições devem ser respeitadas.

Portanto, não podem doar sangue:

- Diabéticos insulino-dependentes
- Pessoas que têm ou tiveram sífilis
- Pessoas que têm ou tiveram hepatite viral após os 10 anos de idade
- Pessoas com câncer
- Portadores do vírus HIV
- Pessoas com doença pulmonar tipo DPOC
- Pessoas com insuficiência renal crônica
- Pessoas com passado de tuberculose extra-pulmonar
- Pessoas com antecedentes de AVC
- Portadores do vírus HTLV I ou HTLV II
- Pessoas que tiveram malária ou que tenham morado em região endêmica nos últimos 6 meses.
- Pessoas com doença de Chagas ou que tenham contato com o inseto barbeiro
- Portadores de doenças auto-imunes
- Pessoas que sofrem de epilepsia
- Pessoas com doenças psiquiátricas que gerem inimputabilidade jurídica
- Pessoas com comportamento de risco tais como não usar preservativos em relações sexuais, ter tido mais]de dois parceiros sexuais nos últimos 3 meses ou ser usuário de drogas injetáveis

Impedimentos temporários para doação de sangue

Algumas situações impedem a doação apenas temporariamente. Neste caso, o candidato pode será orientado a retornar ao banco de sangue quando já não mais tiver nenhum tipo de impedimento. Abaixo, listo as situações que podem impedir a doação de sangue apenas de modo temporário.

- Estar em jejum. O doador deve se alimentar tendo apenas o cuidado para não ingerir comidas muito gordurosas dentro das 4 horas que antecedem a doação.
- Hipertensão não controlada. Para poder doar sangue é preciso que no momento da coleta a pressão arterial esteja abaixo de 180 x 100 mmHg
- Diabetes tipo 2 descontrolado.
- Ter sido tatuado ou colocado piercing há menos de 1 ano - Ter realizado sessão de acupuntura sem material descartável há pelo menos 1 ano.
- Atraso menstrual em mulheres em idade fértil.
- Diarréia na última semana.
- Tuberculose pulmonar nos últimos 5 anos.
- Dengue no último mês Sintomas e tratamento)
- Ter ingerido bebida alcoólica até 24 horas antes da doação.
- Não ter dormido por pelo menos 6 horas na noite anterior a doação.
- Ter recebido transfusão de sangue há menos de 1 ano.
- Pessoas com doença febril não devem se candidatar a doação de sangue até estarem clinicamente curadas

Fonte: MD Saúde

Leia mais: http://www.mdsaude.com/2010/05/doacao-sangue.html#ixzz17H0FU0OI

Varizes - O que são?

Nosso sangue é transportando por dois tipos de vasos: artérias e veias. A artéria é o vaso que leva o sangue rico em oxigênio para longe do coração, em direção ao resto do corpo, nutrindo órgãos e tecidos. A veia é o vaso que leva o sangue que já nutriu o corpo de volta para o coração e pulmões para que ele possa receber oxigênio novamente.
Nas pernas, o sangue chega pelas artérias e sobe de volta ao coração pelas veias. Como vocês já devem ter pensado, as veias das pernas trabalham, então, contra a gravidade. Podemos dizer que as varizes são o efeito colateral do nosso processo evolutivo que nos permitiu andar em pé sob as duas pernas. Quando tornamo-nos bípedes, nosso coração passou a ficar longe dos nossos membros inferiores, o que dificultou em muito o retorno do sangue para o mesmo. mas como é então que este sangue sobe?
Apenas o trabalho de bombeamento do sangue pelo coração não é suficiente para se vencer a gravidade. Na verdade, as veias possuem um mecanismo que facilita o seu trabalho: as válvulas.

As válvulas são mecanismos de segurança que funcionam como comportas, impedindo que o sangue reflua. Deste modo, o sangue segue sempre em uma única direção.

Agora imaginem se estas válvulas ficarem incompetentes. O sangue que deveria apenas subir, começa a retornar para baixo e a acumular-se com o sangue novo que está subindo. Não difícil perceber o porquê das veias dilatarem. Isso é o mecanismo básico das varizes, veias doentes que tornam-se dilatadas e tortuosas por incapacidade de escoar o sangue em direção ao coração.
Como as veias periféricas das pernas encontra-se muito próximas da pele, qualquer tortuosidade ou dilatação torna-se facilmente perceptível.


Além das válvulas, nossos membros inferiores têm mais dois truques na manga:

1.) Bomba plantar: cada vez que pisamos, o impacto da planta do pé com o chão provoca um bombeamento mecânico do sangue acumulado nos pés.

2.) Bomba da panturrilha (gemelares): além da bomba plantar, quando pisamos, usamos a musculatura da panturrilha, chamada também de gemelares ou batata da perna. Do mesmo modo, a contração destes músculos impulsiona o sangue venoso para cima.

Varizes - Fatores de risco

Cerca de 25% das mulheres e 15% dos homens apresentam varizes nas pernas. Como já explicado, as varizes surgem quando ocorre um represamento do sangue nas veias, em geral, por incompetência das válvulas venosas.

Os principais fatores de risco são:

•Sexo feminino: a presença de alguns hormônios como a progesterona causam dilatação das veias e favorecem a incompetência valvular
•Idade: as varizes surgem a partir dos 30 anos e vão ficando mais comuns com o envelhecimento. Veias mais velhas e submetidas há dezenas de anos de trabalho contra a gravidade são mais propensas a ficarem doentes.
•História familiar: a presença de varizes costuma ser uma tendência familiar. Existe um componente genético facilitando o aparecimento das mesmas em algumas pessoas.
•Obesidade: quanto mais peso, maior a pressão sobre as veias e mais fácil é delas tornarem-se dontes (leia: OBESIDADE E SÍNDROME METABÓLICA).
•Tabagismo: O cigarro agride a parede dos vasos tornado-os doentes (leia: COMO E POR QUE PARAR DE FUMAR CIGARRO).
•Gravidez: o aumento dos hormônios, associado a um maior volume de sangue circulante e a compressão das veias intra-abdominais pelo útero cada vez maior, favorecem o surgimento das varizes.
•Sedentarismo: Como explicado, o ato de andar facilita o retorno venoso, diminuindo o represamento do sangue dentro das veias.
•Traumas nas pernas: qualquer trauma que cause lesão nas veias pode torná-las mais fracas e susceptíveis a dilatações.
•Ficar em pé parado por longos períodos: uma pessoa em pé, sem andar, durante várias horas, e repetidamente durante vários dias, está dificultando o retorno venoso e facilitando o aparecimento de varizes.
•Ficar várias horas sentado com as pernas dobradas: Sente-se e cruze as pernas como todos nós fazemos normalmente. Imagine seus vasos como uma mangueira. Se você fica com as pernas dobradas durante várias horas seguidas, o sangue continua precisando vencer a gravidade para subir, só que além disso, os vasos não estão retificados como na posição em pé, mas sim com um trajeto todo tortuoso.
•Pílulas anticoncepcionais: mais um vez, a variação hormonal é um fator responsável pelas varizes

Sintomas das varizes

As varizes são normalmente veias tortuosas e dilatadas que não causam maiores sintomas a não ser o incômodo estético. Elas surgem sempre nas veias mais superficiais, por isso são tão aparentes.

Quando grandes, as varizes podem sagrar após sofrerem traumas ou formar pequenos trombos, em um quadro denominado de trombloflebite.

As varizes, quando múltiplas, podem ser uma das manifestações da chamada insuficiência venosa crônica. Quando várias veias tornam-se insuficientes e varicosas, o sangue começa a ficar retido nos membros inferiores, causando desconforto, sensação de peso, dor local, edemas, escurecimento da pele, e em casos avançados, aparecimentos de úlceras e infecções de pele.

Na verdade, deve-se encarar as varizes como um estágio intermediário da insuficiência venosa, que pode ser dividida nas seguintes fases:

 
1.) Teleangiectasias ou aranhas vasculares

As teleangiectasias são pequenas veias arroxeadas, bem fininhas que surgem na fase inicial da insuficiência venosa, como na fota ao lado. São sinais de doença das pequeníssimas veias superficiais que ficam logo abaixo da pele. São uma espécie de microvarizes.

Nesta fase não costuma haver outros sinais e sintomas, exceto o aparecimento das próprias teleangiectasias.

2.) Varizes

O surgimento das varizes indica que a dificuldade em retornar o sangue já atingiu veias maiores. O paciente pode ter uma única variz ou, em fases mais avançadas da doença, apresentar várias varizes.

3.) Edemas

Quanto mais varizes existirem, mais é óbvia a insuficiência venosa. O sangue que não consegue retornar para o resto do corpo fica represado nas pernas, o que causa o aparecimento dos edemas (inchaços).

Nas fases iniciais, o edema costuma aparecer nos tornozelos e somente ao final do dia, quando o paciente já passou várias horas em pé. Conforme a doença avança, o inchaço pode ser tornar persistente, podendo acometer toda a perna.

Quando já há edema, podem haver outros sintomas como peso nas pernas, câimbras noturnas (leia: CÂIMBRAS | Causas e tratamento), sensação de queimação, comichão e dor no trajeto das varizes.

 
4.) Alterações da pele

Além do edema, a retenção de sangue dos membros inferiores pode causar alteração de coloração da pele, deixando-a mais escura e arroxeada.

As pequenas veias e capilares danificados das pernas permitem o extravasamento das hemácias (glóbulos vermelhos) que, ao sofrerem destruição, liberam seus pigmentos vermelhos que acabam por se depositar na pele.

Nesta fase, a pele pode sofrer alterações na sua textura, ficando ressecada e inflamada, o que recebe o nome de dermatite de estase. Esta dermatite se caracteriza por um espessamento da pele associada a escamação, erosão e perda de líquidos pelos poros.

Nesta fase a pele se torna vulnerável, facilitando a invasão da mesma por bactérias e o desenvolvimento de erisipela e celulite (leia: ERISIPELA | CELULITE | Sintomas e tratamento).

 
5) Úlceras

O último estágio da insuficiência venosa é aparecimento de úlceras na pela. Podem ser únicas ou múltiplas e se localizam preferencialmente próximo ao tornozelo, local de maior estase.

As úlceras normalmente aparecem após pequenos traumas e se formam devido a fragilidade da pele e dos vasos.

Se não tratada, as úlceras continuam crescendo de modo circunferencial, podendo se tornar lesões gigantes e frequentes pontos de partida para infecções.

Como evitar varizes

Como já se pôde entender, o aparecimento das varizes e teleangiectasias é um estágio inicial que pode evoluir para insuficiência venosa crônica. É importante que os pacientes com estas alterações percebam que suas veias dos membros inferiores começam a dar sinais de falência.

Nas fases iniciais, algumas alterações nos hábitos de vida são importantes. Deve-se parar de fumar e evitar longos períodos sentado ou em pé parado, deve-se praticar exercícios com frequência, principalmente caminhadas, para estimular as bombas plantar e da panturrilha. Se você tiver sobrepeso, emagreça.

Exercícios como musculação, se realizados de modo correto, não causam varizes. Depilar as pernas também não tem nenhuma influência. Subir escadas não faz mal, pelo contrário, o impacto dos pés nos degraus favorece o retorno venoso.

Em pacientes com predisposição genética muito forte, o ideal é procurar outros métodos contraceptivos que não as pílulas.

Tratamento das varizes

Uma vez que já existam varizes, as dicas descritas acima são essenciais, mas, isoladamente, podem não ser suficientes.

Se já existem sinais de varizes ou teleangiectasias, o uso de meias compressivas ajuda bastante. As meias devem ser usadas durante todo o dia, principalmente nas horas em que se fica muito tempo em pé. As meias devem se justas, mas não muito apertadas. O ideal é procurar orientação de um angiologista ou cirurgião vascular na hora de escolher as meias mais adequadas.

Deitar-se com as pernas levantadas acima do nível do coração por 30 minutos, 3 ou 4x por dia, também é importante.

Alguns medicamentos, quando usados juntos com as medidas acima, ajudam no controle das varizes. Os mais usados são a pentoxifilina (Trental®) e o Daflon®.

Diurético devem ser evitados. Quando usados, devem ser feitos por pouco tempo, pois os mesmos podem piorar os edemas (leia: DIURÉTICOS | Furosemida, Hidroclorotiazida, Indapamida).

Muitas vezes, porém, é necessário o tratamento cirúrgico das varizes. As principais modalidades são:

- Escleroterapia para varizes: é um procedimento usado para varizes de pequeno tamanho, onde o médico injeta substâncias que causam esclerose (destruição e cicatrização) da veia selecionada. Como esta veia deixa de receber sangue, ela torna-se inútil, e com o tempo, o corpo a elimina. É uma técnica que necessita de repetições, mas dispensa anestesia e pode ser realizada no próprio consultório. Porém, para ser efetiva é preciso ser feita por médicos treinados.

- Cirurgia a Laser para varizes: usada também em pequenas varizes e teleangiectasias, consiste na destruição destes pequenos vasos através da aplicação de Laser. É um procedimento que não necessita de agulhas ou incisões. Não é tão bom quanto a escleroterapia e não são todos os tipos de pele que podem receber os pulsos de Laser. Funciona melhor nas teleangiectasias.

- Ablação por cateteres das varizes: indicado em varizes de maior calibre. Um pequeno tubo (cateter) é inserido dentro da variz, que pode ser destruída por calor (Laser endovenoso) ou por rádio-frequência.

- Cirurgia para varizes: consiste na retirada cirúrgica da veia varicosa. Atualmente este tipo de cirurgia é feita com mínimas incisões e a hospitalização não costuma passar de 1 dia. Quando as varizes são muito pequenas, este procedimento pode ser feito até ambulatorialmente.

Independente da técnica, a destruição ou retirada da veia varicosa não traz nenhum problema para as pernas, uma vez que a veia tratada já não mais funcionava direito. O fluxo de sangue é automaticamente desviado para outras veias colaterais e profundas. Uma veia varicosa não faz falta.

Varizes tratadas não voltam. O que pode ocorrer é o surgimento de novas varizes. É importante entender que os tratamentos descritos acima apenas eliminam as varizes existentes, mas não interferem no processo que as causam.

Fonte: MD Saúde

Leia mais: http://www.mdsaude.com/2010/05/varizes-tratamento.html#ixzz17Gv3A8Mw

Hemorróidas: sintomas e tratamentos

Aprenda quais são os principais sintomas das hemorróidas e quais as opções de tratamento.

A porção terminal do trato digestivo é composta pelo reto, pelo canal anal e pelo ânus propriamente dito. Como em qualquer outra parte do nosso corpo, essa região é vascularizada por artérias e veias, que recebem o nome de artérias e veias hemorroidárias.

Porém, ao contrário das veias do resto do corpo, as veias hemorroidárias não possuem válvulas para impedir o represamento de sangue. Portanto, qualquer aumento da pressão venosa dessas veias, propicia o seu ingurgitamento.

Hemorróidas ou doença hemorroidária é o nome que se dá a essa dilatação das veias do reto e ânus, podendo vir acompanhada de inflamação, trombose ou sangramento.

As hemorróidas são classificadas em:
- Hemorróidas internas: quando ocorrem no reto
- Hemorróidas externas: quando ocorrem no ânus ou no final do canal anal.

As hemorróidas internas são ainda classificadas em 4 estágios:

- Hemorróidas grau I: não prolapsam através do ânus
- Hemorróidas grau II: prolapsam através do ânus durante a evacuação mas o retornam à sua posição original espontaneamente
- Hemorróidas grau III: prolapsam através do ânus e a sua redução só é conseguida manualmente
- Hemorróidas grau IV: estão prolapsadas através do ânus e a sua redução não é possível


As hemorróidas internas grau I não são visíveis; Hemorróidas grau II normalmente passam despercebidas pelos pacientes. Como o reto e o canal anal possuem pouca inervação, elas não costumam causar dor.

As hemorróidas externas são facilmente identificadas e costumam inflamar causando dor e/ou prurido (comichão).
 
Causas de hemorróidas

As hemorróidas são um distúrbio muito comum. Estima-se que na população acima dos 50 anos mais da metade sofra de hemorróidas em graus variáveis.

Os principais fatores de risco são:

- Constipação intestinal (prisão de ventre)
- Esforço para evacuar
- Obesidade (leia: OBESIDADE E SÍNDROME METABÓLICA)
- Diarréia crônica (leia: DIARRÉIA. SINAIS DE GRAVIDADE E TRATAMENTO)
- Prender as fezes com frequência, evitando defecar sempre que há vontade.
- Dieta pobre em fibras
- Gravidez
- Sexo anal
- História familiar de hemorróidas
- Tabagismo
- Cirrose e hipertensão portal (leia: CAUSAS E SINTOMAS DA CIRROSE HEPÁTICA)
- Ficar longos períodos sentados no vaso sanitário (há quem ache que o próprio design dos vasos propicie a formação de hemorróidas).

O hábito de evacuar agachado, e não sentado, muito comum no oriente médio e Ásia, está associado a uma menor incidência de hemorróidas.

Independente dos fatores de risco, as hemorróidas se formam quando há aumento da pressão nas veias hemorroidárias ou fraqueza nos tecidos da parede do ânus, responsáveis pela sustentação das mesmas.

Sintomas das hemorróidas

As hemorróidas podem ser sintomáticas ou não. Como já dito anteriormente, as internas tendem a ser menos sintomáticas. O único sinal indicativo da sua presença pode ser a presença de sangue ao redor das fezes ao evacuar.

O sangramento se apresenta tipicamente como pequena quantidade de sangue vivo que fica ao redor das fezes, e por vezes, fica pingando no vaso depois do término da evacuação. É comum também haver sangue no papel higiênico após a limpeza.

As hemorróidas internas podem causar dor se houver trombose ou quando o esforço crônico para se evacuar causa o prolapso da mesma para fora no canal anal. As hemorróidas internas de grau III e IV podem estar associadas à incontinência fecal e à presença de corrimento mucoso que provoca irritação e prurido anal.

As hemorróidas externas são por via de regra sintomáticas. Estão associadas a sangramentos e dor ao evacuar e ao sentar. Em casos de trombose da hemorróida, a dor pode ser intensa. O prurido é outro sintoma comum. As hemorróidas externas são sempre visíveis e palpáveis.

Apesar de ser uma causa comum de hemorragia retal, é importante nunca assumir que o seu sangramento é devido a hemorróidas sem antes consultar um médico. Várias doenças, como fissura anal, câncer do reto, doença diverticular e infecções também podem se manifestar com sangue nas fezes (leia: SANGUE NAS FEZES E HEMORRAGIA DIGESTIVA).

O sangramento costuma ser de pequena quantidade, mas, por ser frequente, pode levar a anemia em alguns casos (leia: SINTOMAS DA ANEMIA).

Diagnóstico das hemorróidas

Nas hemorróidas externas o exame físico é suficiente para o diagnóstico. Nas internas é preciso realizar o toque retal e, na dúvida, a anuscopia (uma mini-endoscopia onde se visualiza o reto).

Em doentes idosos com sangramento pelo reto, mesmo que se identifiquem hemorróidas, é conveniente realizar a colonoscopia para se descartar outras causas. Como as hemorróidas são muito comuns nesta faixa etária, nada impede que o paciente tenha uma segunda causa para o sangramento, como um câncer do intestino.

Tratamento das hemorróidas - Remédios para hemorróidas

O médico especialista em hemorróidas é o proctologista.

Durante as crises, os banhos de assento com água morna podem trazer alívio para os sintomas agudos. Nas grávidas sugere-se compressas úmidas mornas. Deve-se também evitar limpar o ânus com papel higiênico, dando preferência ao bidê ou a jatos de aguá morna.

Nas pessoas com constipação intestinal, laxantes então indicados para se diminuir a necessidade de fazer força ao evacuar.

Pomadas e cremes para hemorróidas podem ser usados, uma vez que servem de lubrificante para a passagem das fezes e geralmente contém anestésicos em sua fórmula. O alívio é apenas temporário e não se deve usar esses cremes indefinidamente sem orientação médica. Supositórios com corticóides são outra opção quando há muita dor ou comichão, porém, é um tratamento que não deve ser usado por mais de 1 semana devido aos seus possíveis efeitos colaterais (leia: PREDNISONA E CORTICÓIDES | Indicações e efeitos colaterais).

Um dieta rica em fibra diminui a incidência de sangramentos e pode aliviar também a coceira. Apesar de ser um dica muito famosa, não há provas de que alimentos com pimenta piorem os sintomas. Isto deve ser avaliado individualmente.

Nas pequenas hemorróidas externas com trombos o tratamento pode ser feito no consultório médico com uma pequena incisão, com anestesia local, para retirada dos coágulos. Isto é suficiente para o alívio dos sintomas.

Em casos mais graves, pode ser necessária a laqueação elástica. Uma borracha é introduzida na base das hemorróidas, causando estrangulamento e necrose das mesmas. Depois de alguns dias, ela sai sozinha pelo ânus junto com o elástico. É uma técnica que pode ser feita no próprio consultório do proctologista. Costuma ser indolor e muitas vezes não se usa nem anestesia.

Escleroterapia e ligadura elástica

Outra opção é a escleroterapia que consiste na injeção de uma solução química que causa necrose das hemorróidas. Uma terceira opção é a coagulação à Laser. Das três técnicas, a ligadura elástica é a que apresenta melhores resultados.
Se as técnicas pouco invasivas não surtirem efeito, ou se a hemorróida for muito grande, o tratamento é feito com cirurgia tradicional, chamada de hemorroidectomia.

Hemorróidas podem virar câncer?

NÃO! HEMORRÓIDAS NÃO VIRAM CÂNCER! Porém, os sintomas podem ser parecidos com os tumores intestinais, principalmente nasneoplasias do reto e ânus. Por isso, é importante estabelecer o diagnóstico diferencial, especialmente em maiores de 50 anos.

Fonte: MD Saúde

Leia mais: http://www.mdsaude.com/2009/09/hemorroidas.html#ixzz17Go1aq1i