sexta-feira, 18 de março de 2011

Qual o nível de radiação que consegue suportar o corpo humano?

Fukushima emitiu ontem 400 MiliSieverts por hora

Especialistas europeus relativizam consequências da central nuclear Fukushima-1

Mais do que tremores de terra, neste momento, a grande preocupação no Japão passa pelos nocivos níveis de radioactividade libertados pela central nuclear Fukushima-1. O Governo nipónico já solicitou aos residentes da zona afectada que se submetam a exames de despistagem. Na Europa, embora a preocupação exista, os especialistas negam situação catastrófica.

Especialistas franceses afirmam que uma nuvem radioactiva causada pelas explosões deverá chegar à Europa na próxima semana, mas estimam, no entanto, que ela não será nociva à saúde. O governo francês pediu na quarta-feira ao órgão responsável por urgências de saúde no país para fazer um levantamento do estoque de pastilhas de iodo na França, substância que impede que a radioactividade tenha efeitos sobre a tiróide.
Embora não conduza a uma catástrofe nuclear, a situação é grave, assegurou hoje Iaroslavl Chtrombakh, vice-diretor do Instituto Kurtchatov, o principal centro de investigação nuclear da Rússia. Para o cientista russo, no pior dos casos, fundir-se-ão os cinco reactores da central nuclear. “Pelos vistos, é isso que nos espera. Mas, mesmo assim, a situação não será catastrófica”, explicou Chtrombakh.

É no Instituto Kurtchatov, em Moscovo, que são projectados os reactores que funcionam nas centrais nucleares russas. Uma catástrofe, segundo os cientistas russos, seria uma situação semelhante à ocorrida na Central Nuclear de Tchernobyl, na Ucrânia, em 1986, quando a explosão num dos reactores provocou fugas de materiais radioactivos que atingiram vários países vizinhos.

A companhia aérea russa Aeroflot anunciou que os níveis de radioactividade dos seus aviões que regressaram de Tóquio a Moscovo são muito semelhantes à média registada na capital russa.

Níveis radioactivos e saúde humana

Uma exposição a dez mil MiliSieverts – o equivalente a 100 mil radiografias ao peito – provocaria a morte a uma pessoa em menos de um mês. Qual é o nível de radiação que consegue suportar o corpo humano?A central de Fukushima emitiu ontem 400 MiliSieverts por hora, um nível tóxic, mas sem efeitos adversos imediatos na saúde. Contudo, equivale a mil mamografias (cada uma é de 0,4 MiliSieverts).

Ciência Hoje

Prorrogada a gratuidade na Farmácia Popular de medicamento para casos graves de gripe

Foto Divulgação
Até 2012, as 544 unidades próprias do programa disponibilizarão o fosfato de oseltamivir sem custo para pacientes com receita médica

O fosfato de oseltamivir, medicamento usado nos casos de Síndromes Respiratórias Agudas Graves, será mantido gratuitamente no Programa Farmácia Popular. A distribuição pela rede foi realizada a partir de março de 2010, devido a possibilidade de uma segunda onda da gripe H1N1 no país. No ano passado, cerca de 88 milhões de pessoas foram vacinadas contra a gripe. Embora todas as medidas de proteção à população tenham sido adotadas, o que gerou inclusive uma queda nas internações por doenças pulmonares, o ministério decidiu manter a descentralização para a obtenção do medicamento.

Para retirar o oseltamivir, o cidadão deve apresentar a identidade e a prescrição do medicamento emitida por médico da rede pública ou privada. A receita tem validade de cinco dias e ficará retida na unidade do Farmácia Popular. O Instituto de Tecnologia em Fármacos (Farmanguinhos), da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), foi responsável pela produção do medicamento, a partir do princípio ativo que o Ministério da Saúde tinha em estoque. A entrega do oseltamivir para a rede do Farmácia Popular também ficará sob responsabilidade de Farmanguinhos.

INDICAÇÃO ESPECÍFICA – O medicamento não é indicado para todo e qualquer caso de pessoa com sintoma de gripe. De acordo com as recomendações do Ministério da Saúde, o oseltamivir deve ser utilizado em pacientes com quadro de doença respiratória grave, cujo início dos sintomas tenha ocorrido no período de 48 horas. O antiviral, segundo avaliação médica, também está indicado para tratamento de pacientes com sintomas de gripe que sejam portadores de fatores de risco, como doença crônica e gravidez. Porém, segundo a orientação do fabricante, o laboratório Roche, o medicamento deve ser usado durante a gravidez somente se o benefício justificar o risco potencial para o feto.

O Ministério da Saúde alerta que as indicações de uso do medicamento se baseiam na bula do medicamento, conforme seu registro na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), nas recomendações da Organização Mundial da Saúde e em estudos científicos. Prescrição e dispensação do medicamento fora das recomendações do Ministério ficam sob a responsabilidade conjunta do médico responsável pela prescrição e da autoridade de saúde local.

Da Agência Saúde – Ascom/MS

150 postos de saúde, construídos com recursos do Fecop, ficam prontos até agosto

Agosto é o prazo para a conclusão da primeira etapa do Programa de Expansão e Melhoria da Rede de Unidades Básicas de Saúde da Família, que está construindo 150 novos postos de saúde no Ceará, com recursos de R$ 26,8 milhões do Fundo Especial de Combate à Pobreza (Fecop), mantido pelo Governo do Estado. A liberação dos recursos do Fecop com a finalidade de melhorar a infraestrutura e oferta de serviços de saúde da atenção primária é resultado de um projeto da Secretaria da Saúde do Estado, com a parceria da Associação dos Municípios e Prefeitos do Estado do Ceará (Aprece). O projeto foi aprovado pelo Conselho Consultivo de Políticas Sociais do Fecop em novembro de 2009, pactuado na Comissão Intergestores Bipartite (CIB-CE) e aprovado pelo Conselho Estadual de Saúde.

Duas unidades básicas de saúde já estão prontas nos municípios de Palmácia e Cruz. Para a construção de cada posto de saúde, segundo as especificações da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), estão sendo investidos R$ 178.660,00. A liberação dos recursos é feita em três parcelas e todos os 150 projetos já receberam a primeira parcela e, a maioria, a segunda parcela. A terceira parcela é liberada com 68% da obra concluída.

A definição dos 150 municípios contemplados com o financiamento obedeceu aos critérios de cobertura do PSF igual ou maior a 75%, pelo menos 90% das gestantes recebendo quatro ou mais consultas de pré-natal e adesão à política de consórcios públicos de saúde. Os consórcios são uma estratégia nova no Ceará que o Governo do Estado adotou na gestão das 21 policlínicas e 18 Centros de Especialidades Odontológicas para fortalecer a regionalização.
Com os novos 150 postos de saúde, 1,5 milhão de cearenses terão mais acesso aos serviços de saúde e melhoria da qualidade da assistência na atenção primária com os recursos do Fecop porque vão encontrar nos postos de saúde equipamentos mais modernos e profissionais trabalhando em condições adequadas de infraestrutura.

O Fecop destinou, em 2010, R$ 32 milhões para a melhoraria da infraestrutura e da oferta de serviços de saúde da atenção primária. Desse total, 83,7% destinam-se à construção de 150 unidades básicas de saúde da família e, o restante, destinado às equipes de PSF listadas no sistema de classificação de qualidade da Avaliação para Melhoria da Qualidade da Estratégia Saúde da Família (AMQ), mantida pelo Ministério da Saúde. No Estado já são 1.002 equipes de saúde da família cadastradas, ou 54% do total de 1.860 equipes implantadas no Estado.

SESA/CE

Desafio da assistência à dengue é "óbito zero", diz especialista

“Se a dengue é uma doença prevenível, o propósito deve ser óbito zero”. Esse foi o desafio proposto pelo médico cubano Eric Martinez aos diretores clínicos de hospitais públicos e particulares, reunidos na tarde desta quinta-feira, 17 de março, na Escola de Saúde Pública do Ceará (ESP/CE), para ouvir recomendações de um dos maiores especialistas do mundo em dengue sobre o manejo de pacientes. Consultor da Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS), Eric Martinez concluiu, à noite, também na ESP/CE, em reunião com médicos e enfermeiros de hospitais de Fortaleza, a consultoria para atualização dos profissionais de saúde e organização da assistência aos pacientes com dengue, iniciada na segunda-feira, 14.

Para destacar o papel das unidades de saúde nas epidemias de dengue, Eric Martinez disse que, para a prevenção da doença, é preciso o envolvimento de toda a comunidade, dos governos e das instituições públicas e privadas, “mas para evitar óbitos, só temos os serviços de saúde”. Segundo ele, as unidades de saúde mais importantes na prevenção de óbitos estão na atenção básica. “As unidades básicas estão mais perto da família do doente e essa é a garantia para que o paciente tenha acompanhamento”, afirmou.

Aos hospitais, segundo o médico, cabe colaborar com a credibilidade da assistência, em sintonia com as unidades básicas de saúde, inclusive orientando e encaminhando pacientes sem gravidade para os postos de saúde. “Para o hospital, deve ser melhor oferecer serviço do que receber 100 pacientes”, comparou Eric Martinez. De forma inversa, ao receber pacientes com gravidade, o hospital deve, primeiramente, oferecer bom acolhimento, seguido de atendimento eficiente por profissionais treinados e a garantia de acompanhamento, fundamental para controlar o agravamento da doença e evitar mortes.

O desafio para os hospitais, indicou Eric Martinez, é garantir leitos aos pacientes que precisam de internação e os cuidados com o manejo clínico. O acompanhamento constante, reforçou, é fundamental para a classificação de risco, identificação dos sinais de alarma e o choque. Para cada um dos sintomas e estágios mais graves da doença, que se manifestam depois que a febre passa, o médico mostrou, com base em históricos clínicos, o tratamento adequado para evitar a morte por dengue.

SESA/CE

Novo terreno é doado para Hospital Regional em Quixadá

Investidor doa terreno com ótima localização para construção do Hospital Regional

O investidor e ex-prefeito do Banabuiú por duas vezes, Sr. Antonio Sales, confidenciou com exclusividade para o portal Revista Central no dia de ontem (17), que está disposto a doar um terreno com boa localização para as futuras instalações do Hospital Regional do Sertão Central em Quixadá. Afirmou que esteve reunido com o Secretário de Finanças Hernando Queiroz, colocando essa possibilidade para facilitar a implantação desse mega empreendimento no município.

No mesmo momento que a reportagem da Revista Central estava reunida com o investidor, o mesmo recebeu ligação da presidente da Funghet, Gislane Grangeiro, convidado-o para uma reunião com o prefeito Rômulo Carneiro, que acontecerá no dia de hoje(18), para tratar dos detalhes da doação do terreno que será de grande importância para o município que disputa com outras quatro cidades o direto de sediar a unidade hospitalar.

O terreno fica localizado a 3 km do centro de Quixadá, as margens da Rodovia do Algodão, próximo ao posto de fiscalização da Polícia Rodoviária, na saída de Quixadá para Quixeramobim, indagado sobre o tamanho do terreno a ser doado, Sales complementou dizendo que o tamanho do terreno dependeria da necessidade da obra de instalação, 3, 5 ou até 10 hectares se for o caso não seria barreira para a conquista pelo empreendimento.

Antonio Sales foi incisivo afirmando que Quixadá era o município que estaria melhor preparado para receber o hospital, "não podemos perder um projeto desse porte, o hospital regional representa desenvolvimento para toda a região do sertão central" concluiu.

Revista Central

Governo amplia público para vacinação contra gripe

Campanha de vacinação será realizada entre os dias 25 de abril e 13 de maio

Gestantes, crianças de seis meses a dois anos e profissionais de saúde passam a integrar a partir deste ano a Campanha Nacional de Vacinação, ao lado de idosos e população indígena. A mudança, anunciada hoje pelo Ministério da Saúde, foi tomada com base na experiência da pandemia de gripe suína. Na época, tanto gestantes quanto crianças menores de dois anos, mostraram ser, ao lado dos idosos, os mais suscetíveis para desenvolver casos graves de infecção.

Profissionais de saúde foram incluídos por uma razão parecida. "Eles podem ser a porta de entrada do vírus quando tratam de crianças e idosos. Daí a necessidade também da vacinação desse grupo", afirmou o secretário de Vigilância em Saúde do ministério, Jarbas Barbosa.

A vacinação deste ano começa dia 25 de abril e vai até 13 de maio. No primeiro sábado da campanha será realizado o Dia de Mobilização, quando postos de todo o País ficam abertos para vacinar o público alvo da campanha. Este ano, 65 mil postos de vacinação serão instalados.

A expectativa é imunizar 23,8 milhões de brasileiros. A exemplo de outros anos, a vacina usada na campanha será produzida pelo Instituto Butantã. Este ano, foram adquiridos 33 milhões de doses, ao custo de R$ 229 milhões. A incorporação dos três novos grupos para vacinação contra gripe, de acordo com o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, é definitiva.

Gripe suína

A campanha de vacinação contra a gripe sazonal deste ano vai imunizar os grupos também contra a influenza A (H1N1) – gripe suína. O ministro da Saúde, Alexandre Padilha disse que a vacina muda a cada ano e tem como base os três vírus do tipo influenza que mais circularam no ano anterior.

O secretário de Vigilância em Saúde, Jarbas Barbosa, ressaltou que este ano não haverá uma campanha de vacinação específica para a imunização contra a gripe suína. Ele lembrou que a Organização Mundial da Saúde (OMS) retirou o alerta de pandemia e que os casos registrados são esporádicos.

Estadão