sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

Descubra o que é Anemia, suas causas, seus sintomas, suas complicações

A anemia é um dos distúrbios mais frequentes na medicina.

Apesar de extremamente comum, ela é muitas vezes mal diagnosticada, mal tratada e quase sempre mal explicada aos pacientes.E é sobre isso que eu quero falar nesta postagem. Mas antes é necessário uma pequena e simples explicação fisiopatológica.

Você provavelmente já ouviu falar em anemia.
Mas você sabe o que é anemia?

Anemia é o nome que se dá quando ocorre uma diminuição dos nossos glóbulos vermelhos do sangue, as chamadas hemácias ou eritrócitos. São essas células que transportam o oxigênio vindo dos pulmões para todos os outros órgãos.
Na prática clínica, o diagnóstico de anemia é feito basicamente por 2 dosagens sanguíneas, presentes no famoso hemograma que todos já devem ter feito alguma vez na vida.
- Hematócrito : percentagem de sangue ocupado pelas hemácias
- Hemoglobina : proteína portadora de ferro, que fica dentro das hemácias e que transporta o oxigênio dos sangue.

O diagnóstico de anemia é feito quando as 2 dosagens estão abaixo do valor de referência.

Hematócrito normal > 41% no homem e > 38% nas mulheres
Hemoglobina normal > 13 g/dL no Homem e 12g/dL na mulher.

Os valores de referência podem variar de um laboratório para outro, e resultados um pouco abaixo do normal devem ser interpretados pelo seu médico, pois não necessariamente indicam doença. Mulheres com grande fluxo menstrual podem ter valores menores que estes, sem causar qualquer dano a saúde.
As hemácias são produzidas na medula óssea e tem uma vida de apenas 120 dias. As hemácias velhas são destruídas pelo baço (órgão situado à esquerda na nossa cavidade abdominal). Isso significa que a cada 4 meses trocamos todas as nossas células vermelhas. A produção e a destruição são constantes, de modo a se manter sempre o número ideal de eritrócitos circulantes no sangue.
O ferro é um elemento da hemoglobina. Pessoas com carência de ferro, normalmente por perdas de sangue, não conseguem sintetizar hemoglobina (e por consequência as hemácias) e por isso ficam anêmicas.

Bom, explicado o básico, vamos ao que interessa então.
A anemia tem 3 causas básicas:

- Pouca produção de hemácias pela medula.
- Muita destruição de hemácias pelo corpo.
- Perda de hemácias e ferro através de sangramentos.

 
O CONCEITO MAIS IMPORTANTE QUE DEVE SER APRENDIDO É QUE ANEMIA NÃO É UMA DOENÇA, E SIM, UM SINAL DE DOENÇA.

Uma úlcera no estômago ou um câncer de intestino causam sangramentos e perda de hemácias, levando a anemia.

Uma infecção ou tumor que atinge a medula óssea impede a produção de hemácias, também levando a anemia.

Um medicamento que seja tóxico para as hemácias e cause sua destruição antes de 120 dias, também leva a anemia.

PORTANTO, O SIMPLES DIAGNÓSTICO DE ANEMIA NÃO É SUFICIENTE, É NECESSÁRIO INVESTIGAR A SUA CAUSA.

É muito comum pacientes receberem o diagnóstico de anemia e serem tratados com ferro, sem nenhum tipo de investigação, como se todas as anemias acontecessem por deficiência deste elemento. E mesmo aquelas que realmente são por perda de ferro, a causa deve ser elucidada, pois frequentemente estamos falando de doenças do tubo digestivo. O ferro não vai tratar o tumor ou a úlcera do trato gastrointestinal que está a sangrar de modo oculto. Vai apenas mascarar os sintomas a curto prazo e postergar o diagnóstico.

Abaixo uma demonstração do número de doenças que podem causar anemia e ficarão sem diagnóstico se não forem investigadas.

- Neoplasias (câncer)
- Insuficiência renal
- Leucemias
- Linfomas
- Mieloma múltiplo
- Doenças do trato gastrointestinal
- Hipotireoidismo
- Deficiências de vitaminas como B12 e ácido fólico
- Toxicidade da medula óssea por drogas
- Doenças do fígado
- Infecções.
- Lúpus
- Síndrome hemolítica urêmica
- Alcoolismo
- Sangramento digestivo

ATENÇÃO: Anemia não causa e anemia não vira leucemia ou qualquer outro tipo de câncer, mas pode ser um sinal da existência de um deles.
Além de ser um sinal da presença de doenças sistêmicas, existem também as anemias primárias, ou seja, causadas por defeitos próprios na produção das hemácias. As mais comuns são:

- Anemia falciforme
- Talassemia
- Anemia sideroblástica
- Esferocitose
- Hemoglobinúria paroxística noturna
- Deficiência de G6PD
Na verdade, qualquer doença que curse com inflamação crônica pode inibir a função da medula óssea e cursar com queda das hemácias, uma situação em que chamamos de anemia de doença crônica.

Quais são os sintomas da anemia?

Como as hemácias são as transportadoras de oxigênio do nosso corpo, a falta delas leva aos sintomas de uma oxigenação deficiente dos nossos tecidos.O principal sintoma é o cansaço. A anemia pode ser tão grave que tarefas simples como pentear o cabelo ou mudar de roupa tornam-se extenuantes.Outro sinal é a palidez cutânea, muitas vezes identificadas até por leigos.Ainda podemos ter palpitações, falta de ar, dor no peito, sonolência, tonturas e hipotensão.

Um jeito simples de identificar a anemia é olhar a conjuntiva, que é membrana que recobre o olho e a região de dentro da pálpebra. Em pessoas normais ela é bem vermelhinha. Já em anêmicos ela é quase da cor da pele. Quando a anemia é leve, os sinais e sintomas podem ser discretos ou não existirem. Do mesmo modo, quando a instalação da anemia é lenta e gradual, o corpo tem tempo de adaptar-se a falta de hemácias, e mesmo níveis muitos baixos, podem passar despercebidos pelo paciente. O importante é procurar ajuda médica sempre que houver suspeita de anemia. Como pôde ser visto, a lista de diagnósticos diferenciais é imensa e apenas o médico é capaz de fazer a distinção correta.

Fonte: MD Saúde

TERÇOL | HORDÉOLO | Causas e tratamento

O terçol, chamado em medicina de hordéolo, é uma inflamação das glândulas das pálpebras, localizadas junto a raiz dos cílios

Antes de falarmos da doença terçol, cabe aqui uma rápida explicação sobre sua grafia correta. É muito comum encontrarmos a doença terçol escrita erradamente como tersol. Incrivelmente, já encontrei a grafia tersol em sites médicos e até em alguns dicionários online. Tersol com "s" é um tipo de toalha usada em missas pelos padres. Terçol com "ç" é uma inflamação nas pálpebras, objetivo deste texto. O plural de terçol é terçóis.

Como já explicado, o nome científico do terçol é hordéolo, sendo conhecido popularmente também como treçol, terçolho, treçolho, viúvo ou belezinha.

Por que surge o terçol?

Nas nossas pálpebras, junto aos folículos pilosos que produzem nosso cílios, temos também glândulas sebáceas, produtoras de gordura, responsáveis por evitar o ressecamento da pele. Temos glândulas sebáceas por toda a pele. Nas pálpebras elas recebem o nome de glândulas de Zeiss e glândulas de Mol (clique na imagem ao lado para ampliá-la)

O terçol ocorre quando há obstrução e contaminação destas glândulas, geralmente pela bactéria Staphylococcus aureus
O processo é muito semelhante ao que ocorre na formação da acne comum (espinhas) na pele, com obstrução de uma glândula sebácea e contaminação da mesma por uma bactéria
Blefarite, fator de risco para terçol

Um dos principais fatores de risco para o surgimento do terçol é a blefarite, uma condição onde há inflamação na margem das pálpebra, com aumento da secreção gordurosa ao redor dos cílios e a aparência de que há caspa nos mesmos
Esta inflamação associada a grande produção de gordura facilita a obstrução das glândulas e proliferação de bactérias.
Outras situações que favorecem o aparecimento do terçol incluem poucos cuidados higiênicos ao manusear lentes de contato(leia: LENTES DE CONTATO
Tipos, cuidados e complicações) e uso contínuo de maquiagem, principalmente quando não se lava o rosto à noite antes de dormir.

Sintomas do terçol
Terçol (hordéolo)

O terçol se caracteriza por um pequeno nódulo avermelhado nas pálpebras que pode parecer com uma pequena espinha, associado a um pequeno inchaço e dor local. Pode também haver algum grau de prurido, secreção, sensação de corpo estranho e aumento da sensibilidade dos olhos à luz.
O terçol não é uma doença contagiosa, portanto, não há necessidade de isolamento ou do uso de óculos escuros, como na conjuntivite, por exemplo.

Tratamento do terçol

O tratamento do terçol é simples e se baseia na higiene adequada dos olho e da pele ao seu redor associado a utilização de calor local, que pode ser feito com compressas de gaze ou algodão umedecidas com água morna colocadas sob a lesão por 15 minutos, quatro vezes por dia.
Na maioria das vezes, o terçol é um processo auto-limitado durando no máximo 1 semana. Porém, se a inflamação for persistente e não melhorar com as compressa mornas, pode ser necessário o uso de colírios e pomadas contendo antibióticos e corticóides

Em alguns casos mais complicados, com inflamação crônica ou grande coleção de pus, uma pequena incisão na pálpebra para drenagem do abscesso pode ser indicada pelo oftalmologista.

Fonte: MD Saúde

Sesa lança protocolo de atendimento para Doença Pulmonar Crônica

"A Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC) é definida por limitação crônica no fluxo aéreo que não é totalmente reversível. A limitação está associada a inflamação exagerada do pulmão por causa de partículas ou gases tóxicos. O tabagismo é o principal fator de risco". Com essa definição e indicação de causa, destacados logo na introdução, a Secretaria da Saúde do Estado está lançando o Protocolo de atendimento a pacientes portadores de Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica no Estado do Ceará. Elaborado por médicos pneumologistas de dois hospitais da Sesa (Hospital de Messejana Dr. Carlos Alberto Studart Gomes e o Hospital Geral Dr. César Cals) e o Hospital da Clínicas, do governo federal, o Protocolo foi criado como instrumento de fortalecimento da política pública para DPOC.
No mundo, a DPOC é a quarta causa de mortalidade. No Brasil e no Ceará os dados epidemiológicos ainda são escassos. Segundo informações do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e do DataSUS, a estimativa é de que no Ceará, em 2007, o número de portadores com a doença chegava a 362.358. Estudo da situação de saúde no Ceará no período de 2000 a 2009, feito pela Sesa, mostra que as doenças do aparelho respiratório foram a primeira causa de internações - ver página 69 do saude.ce.gov.br). Entre as doenças do aparelho respiratório está a DPOC.
Segundo a presidente do Comitê para Política Estadual de DPOC, Penha Uchoa, o Protocolo será distribuído com profissionais dos três hospitais referência no tratamento da doença na capital e ainda entre profissionais dos hospitais pólo que atendem a população nas microrregiões do Estado. Com o protocolo na rotina de trabalho nos hospitais, os profissionais têm claramente todos os passos do diagnóstico e tratamento dos pacientes de acordo com a gravidade da DPOC, que varia de leve, moderado, grave e muito grave
 
Fonte: Sesa