sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

SUS terá mais 3,6 mil leitos para atendimento a usuários de crack

Ministério da Saúde também vai financiar, até 2014, a criação de 7.780 vagas em unidades de acolhimento e de 216 novos consultórios na rua.

O Ministério da Saúde está ampliando em mais 3,6 mil leitos a rede de assistência aos usuários de crack e outras drogas no Sistema Único de Saúde (SUS). Até 2014, serão criados 2.462 novos leitos; outros 1.138 serão qualificados para se tornarem enfermarias especializadas em álcool e drogas. Essas unidades realizam internações de curta duração e oferecem atendimento multiprofissional aos dependentes químicos.

No âmbito do plano Crack, É Possível Vencer, o Ministério da Saúde também vai financiar a abertura de mais 7.780 vagas em unidades de acolhimento, que abrigarão os dependentes químicos por até seis meses para estabilização clínica e controle da abstinência.

Até 2014, serão investidos pelo Ministério da Saúde R$ 2 bilhões (ver valor por estado no fim do texto) paraa implantação e qualificação de novos serviços, que compõem a Rede Conte Com a Gente. “Temos que oferecer um novo projeto de vida ao dependente químico porque a relação com a droga tem relação com o lugar onde ele vive, com o espaço social, a sua condição na família. Isso exige serviços de saúde diferentes para necessidades diferentes”, afirma o ministro da Saúde, Alexandre Padilha.

Integram a rede de atenção a dependentes químicos os consultórios na rua, as enfermarias especializadas em álcool e drogas, as unidades de acolhimento adulto/infantil, os Centros de Atenção Psicossocial Álcool e Drogas 24 horas (CAPSad) e as instituições da sociedade civil que fazem atendimento a dependentes químicos, que serão habilitadas a receberem recursos do SUS se cumprirem critérios de qualidade do atendimento. A rede está interligada também aos serviços da atenção básica e ao atendimento de urgência e emergência.

PLANO - As ações do plano de enfrentamento ao crack estão estruturadas em três eixos: cuidado, autoridade e prevenção. Os recursos serão liberados mediante adesão de estados e municípios. “O enfrentamento ao crack e outras drogas se dará por meio de um grande esforço para reorganizarmos a rede, que funcionará integrada, oferecendo acolhimento e qualidade no atendimento”, afirma Padilha.

REFORÇO - Os 3,6 mil leitos nas enfermarias especializadas em álcool e drogas serão usados para atendimentos e internações de curta duração durante crises de abstinência e em casos de intoxicações graves. São serviços que atenderão com equipe multiprofissional crianças, adolescentes e adultos. Para estimular a criação destes espaços, o valor da diária de internação crescerá 250% - de R$ 57 para até R$ 200. Ao todo, serão investidos R$ 670,6 milhões até 2014.

O atendimento será reforçado no SUS com a criação de unidades de acolhimento, que terão equipe profissional disponível 24 horas para cuidados contínuos. Essas unidades cuidarão em regime residencial por até seis meses, e realizam a estabilização do paciente e o controle da abstinência. Para o público adulto, serão criados 408 estabelecimentos (6.120 novas vagas), com investimentos de R$ 265,7 milhões até 2014. Já para o acolhimento infanto-juvenil, serão 166 pontos (1.660 novas vagas), exclusivos para o público de 10 a 18 anos de idade, com investimento de R$ 128,8 milhões.

OUTROS SERVIÇOS -Além da ampliação de leitos, nos locais em que há maior incidência de consumo de crack serão criados 308 Consultórios na rua, que farão atendimento volante. Hoje, há 92 unidades em funcionamento no país. Esses serviços contam com profissionais que fazem intervenções de saúde para população em situação de rua (crianças, adolescentes e adultos) em seu contexto, incluindo locais de uso público de drogas, as chamadas cracolândias.As equipes são compostas por médicos, enfermeiros e técnicos de enfermagem. A ação, que terá recursos de R$ 152,4 milhões, atenderá municípios com mais de 100 mil habitantes.

Outra frente do plano é reforçar o atendimento nos Centros de Atenção Psicossocial para Álcool e Drogas (CAPSad), que passarão a funcionar 24 horas por dia, 7 dias por semana.Os CAPSad oferecem tratamento continuado a pessoas – e seus familiares – com problemas relacionados ao uso abusivo e/ou dependência de álcool, crack e outras drogas.Até 2014, serão 175 unidades em todo o país. Cada um dos centros terá oito leitos e oferecerá tratamento para até 400 pessoas por mês. Hoje, a rede de assistência no SUS conta com 1.700 CAPS. Nos últimos nove anos, a média mensal de atendimentos dos CAPS cresceu dez vezes, passando de 25 mil em 2003 para 250 mil em 2011.

Da Agência Saúde

Passo a Passo da Doação de Sangue

PARA SER DOADOR DE SANGUE É PRECISO:

- Estar bem de saúde.

- Apresentar um documento com foto, emitido por órgão oficial e válido em todo o território nacional.

- Ter entre 16 e 67 anos. Os candidatos à doação de sangue com idade de 16 e 17 anos, devem ter consentimento formal do responsável legal.

- Ter mais de 50kg.

- Estar bem alimentado.

- Não ter comportamento de risco para doenças sexualmente transmissíveis.
Atenção!

Homens podem doar sangue a cada 2 meses, até 4 vezes por ano;

Mulheres podem doar sangue a cada 3 meses, até 3 vezes por ano.

DOAR SANGUE É SEGURO:

O HEMOCE zela pela saúde de seus doadores. A coleta é feita em ambiente limpo e todo o material utilizado é descartável, evitando qualquer possibilidade de contaminação. A coleta é feita por uma equipe especializada e com acompanhamento médico. Antes da doação é feita uma avaliação clínica com exame físico, verificação do peso e realização de teste para anemia.

A doação não traz danos para o doador, já que o sangue doado é rapidamente reposto pelo próprio organismo. A quantidade de sangue coletada é de aproximadamente 450ml, ou seja, menos de 10% do volume em circulação no corpo. Logo após a doação o organismo começa a trabalhar para compensar a quantidade retirada, em 24 horas o volume será o mesmo e outros fatores e células do sangue estarão em níveis anteriores à doação em alguns dias.
 
CARTA DE SERVIÇO
PROCESSO PARA DOAÇÃO DE SANGUE

1 – Identificação do Doador

Procure a recepção e apresente o seu documento de identificação (por determinação da Portaria nº 1353/2011, de 13 de junho de 2011, do Ministério da Saúde, todos os doadores de sangue devem apresentar um documento de identificação oficial com foto, para garantir a fidelidade das informações). Será entregue uma senha para viabilização de seu cadastro e solicitadas informações para contato, de forma a garantir a comunicação do Hemoce com o doador.

2 – Pré-Triagem

Após a realização de seu cadastro, serão realizados exames de verificação de pressão arterial, temperatura, dosagem de hemoglobina e verificação de peso. Todo material utilizado é descartável.

3 – Triagem Clínica

Antes de doar sangue, o candidato passa por uma entrevista individual sobre hábitos, doenças passadas e atuais e medicamentos em uso. Após esta pequena consulta, o profissional da triagem avalia se o candidato pode ou não fazer a doação de sangue com segurança. Seu objetivo é prevenir complicações para o doador e diminuir o risco de transmissão de doenças infecciosas pelo sangue. Por isso, é muito importante que todas as perguntas sejam respondidas com sinceridade e clareza.

4 – Voto de Auto-exclusão

O doador tem a oportunidade de confirmar ou não a veracidade das informações prestadas durante a triagem clínica com o voto de auto-exclusão. Esta etapa é totalmente sigilosa e garante a segurança na transfusão do sangue para o paciente .

5 – Lanche

Antes da coleta de sangue, o doador faz um lanche para melhorar os níveis de glicemia (açúcar) e hidratação, diminuindo os riscos de passar mal ou ter outros problemas durante a doação. Depois do lanche é preciso esperar pelo menos dez minutos para iniciar a coleta.

6 – Coleta de Sangue

Nesta etapa o doador é orientado a lavar os braços (local da punção) com água e sabão. A doação é feita através de punção com agulha em uma veia do braço, com material estéril, descartável e padronizado, o que permite a coleta do sangue no tempo e quantidade adequados, além de assegurar que não haverá contaminação do doador. O volume máximo de sangue colhido é de 450 ml em um tempo médio de 7 minutos.

Após a doação, o sangue será examinado nos laboratórios do Hemoce para tipagem sanguínea, eletroforese de hemoglobina e testes para hepatite B e C, sífilis, doença de chagas, HIV e HTLV I e II. Cerca de 45 dias após a doação o laudo com resultado dos exames estará disponível no Setor de Resultados de Exames, no Hemocentro onde foi feita a doação.

O comprovante de doação será enviado, via correio, para a residência do doador, após 40 dias da doação. Caso seja preciso algum esclarecimento nos exames realizados, será emitido uma convocação por carta para uma nova coleta de amostra de sangue

Hemoce