domingo, 1 de maio de 2011

Hospital de Messejana alerta sobre controle da asma

A Asma acomete cerca de 200 mil pessoas em Fortaleza, onde estima-se que menos de 1% da população afetada tenha acesso à assistência adequada e ao controle das crises. Sendo a terceira causa de internação do país entre as doenças respiratórias, atinge 10 por cento da população brasileira e 300 milhões de pessoas em todo o mundo.

Para informar melhor a população sobre o controle da Asma, no dia 06 maio, entre 8h30 às 12h, o Hospital de Messejana Dr. Carlos Alberto Studart Gomes, em parceria com a Sociedade Cearense de Pneumologia, realizará um evento de alerta. Através do Programa de Controle da Asma Grave e de Difícil Controle (Procam), o Hospital de Messejana é referencia no tratamento da doença e tem papel fundamental na conscientização sobre o tratamento. “Já existem ferramentas eficazes no controle da Asma, mas a população precisa saber como utilizá-las de maneira eficiente”, revelou Socorro Martins, pneumologista e diretora do Hospital de Messejana.

O evento vai abrir oficialmente as comemorações do Dia Mundial de Controle da Asma, 4 de maio. Dentro da programação acontecerá um Seminário onde serão apresentados os resultados do Programa do HM, além de apresentações teatrais, sabatinas e o concurso da utilização da bombinha de controle da doença. A equipe organizadora também vai testar como está o conhecimento dos pacientes sobre a asma. Os participantes que se destacarem na gincana receberão brindes. A animação também marcará o encerramento do evento que vai contar com a alegria do boneco gigante Juca Cajuzinho, mascote da Campanha.

Programa de Controle da Asma do Hospital de Messejana

Atualmente, mais de mil cearenses são atendidos pelo Programa de Controle da Asma Grave e de Difícil Controle do Hospital de Messejana (Procam). Criado em 2009, já atendeu mais de 22 mil pessoas e oferece assistência médica, educacional e remédios gratuitos aos pacientes.

De acordo com o coordenador do Procam, Petrônio Leitão, a asma é uma doença crônica com índices elevados de hospitalização e atendimentos na emergência, comprometendo intensamente a qualidade de vida de seus portadores. “Ele revelou que com o Programa do HM, a situação de muitos pacientes mudou graças aos resultados de excelência. “É considerável a queda no número de atendimentos na emergência”, disse Petrônio

Sintomas da asma

Os sintomas da asma na criança, assim como no adulto, são recorrentes, ou seja, não estão presentes o tempo todo. Há períodos em que o paciente apresenta falta de ar, chiado no peito, secreção e um pouco de tosse. Estes sintomas aparecem em diferentes circunstâncias e intensidades e em geral, estão relacionados com mudanças de temperatura, contatos com substâncias irritantes, alérgenos, poeira, ou são desencadeados por exercícios físicos ou estresse.

Os principais sinais de alerta

- Tosse seca persistente - principalmente à noite;

- Sibilância (chiado no peito);

- Respiração mais rápida do que o normal;

- Faltade ar;

- Cansaço físico;

- Sensação de aperto ou dor no peito.

Onde buscar tratamento para a asma em Fortaleza

Existem em Fortaleza dois centros de referência para o tratamento, atendimento e distribuição de medicamentos aos portadores de asma grave: Hospital de Messejana Dr. Carlos Alberto Studart Gomes, onde pode-se ter acesso através dos postos de saúde, e Hospital Universitário Walter Cantídio. A prefeitura de Fortaleza, através do programa Proaica, fornece medicamentos para a população infantil.

O tratamento regular da asma, além da melhora dos sintomas, resulta em economia para os cofres públicos através da redução de procedimentos de custos elevados como internações e atendimentos de emergência. O controle da doença também implica em redução do seu impacto social já que, livre de sintomas, os asmáticos são capazes de participar de atividades diversas, incluindo trabalho, educação e esportes.

Hospital de Messejana

Sesa lança campanha no Dia Mundial de Higienização das Mãos

As mãos são o principal veículo de disseminação das infecções hospitalares. Por conta disso, a Organização Mundial de Saúde (OMS) lançou um desafio global e instituiu o 5 de maio como o Dia Mundial de Higienização das Mãos, prática mais simples e barata, mas poderosa ferramenta de prevenção à infecção hospitalar. No Ceará, a Secretaria da Saúde do Estado faz o lançamento da campanha de higienização das mãos nesta quinta-feira, às 8h30min, no Auditório Waldir Arcoverde, Avenida Almirante Barroso, 600, Praia de Iracema, com palestra da infectologista Aldaíza Marcos, do Hospital Infantil Albert Sabin (HIAS), um dos cinco hospitais de todo o Brasil em que foi implementada a estratégia da OMS, lançada em 2007.

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) quer a implantação, em todos os serviços de saúde, das diretrizes e estratégias para o incentivo à prática de lavagem correta das mãos preconizadas pela OMS no programa Aliança Mundial para a Segurança do Paciente. O Comitê Estadual de Controle de Infecção em Serviços de Saúde convidou 30 hospitais públicos e privados a se engajar este ano na campanha Salve Vidas: Limpe suas Mãos, da OMS. A campanha tem o objetivo de melhorar a higienização das mãos e reduzir as infecções relacionadas à assistência à saúde, promovendo a segurança de pacientes, profissionais e demais usuários nos serviços de saúde.

Manifestada durante a internação do paciente ou após a alta, a infecção hospitalar decorre do contato com o ambiente hospitalar ou em virtude de procedimentos invasivos, como cirurgias e perfurações por agulhas de soros e cateteres. Mas o principal veículo de transmissão de microrganismos em hospitais são as mãos dos profissionais de saúde, que estão em permanente contato com os pacientes e com os materiais e equipamentos por eles utilizados. Isso foi percebido há mais de um século e meio, precisamente no dia 15 de maio de 1847, na Hungria, então pertencente ao Império Austríaco, pelo médico obstetra Ignaz Philipp Semmelweiss, que fixou aviso na porta da sua unidade, em um hospital de Viena:

Rotina médica

“A partir de hoje, 15 de maio de 1847, todo estudante ou médico, é obrigado, antes de entrar nas salas da clínica obstétrica, a lavar as mãos, com uma solução de ácido clórico, na bacia colocada na entrada. Essa disposição vigorará para todos, sem exceção”. Essa prosaica iniciativa foi responsável pela redução da mortalidade de pacientes na unidade de 18% para 1,5%.

Pesquisa da ANVISA divulgada em 2006 sobre a situação de 4.148 hospitais do país demonstrou uma taxa global de infecções de 9%, com 14% de mortalidade associada, a letalidade entre pacientes que contraíram infecção hospitalar. No Ceará os indicadores se aproximam e, em 2010, o Comitê Estadual de Controle de Infecção em Serviço de Saúde identificou taxa de infecção hospitalar de 8,4%. Pelo Programa Nacional de Controle de Infecção Hospitalar, os hospitais são obrigados a manter comissões permanentes de controle das infecções hospitalares. No Estado, cerca de 50 hospitais públicos e privados já cumprem essa determinação. Em 2010, a Secretaria da Saúde do Estado ofereceu curso aos hospitais interessados em implantar suas comissões de controle de infecção hospitalar.

Em setembro de 2009, informa a ANVISA, foram lançados os critérios nacionais de infecção hospitalar. A partir dessa padronização, a Agência pode quantificar as taxas de infecção hospitalar no país. Desde setembro de 2010, por meio de um sistema informatizado, a ANVISA recebe as notificações provenientes dos centros de vigilância sanitárias estaduais. O primeiro relatório com os dados de infecção hospitalar no Brasil deve ser divulgado até o fim de 2011.


SESA / CE