segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

Excesso de atividade física pode prejudicar o coração

Estudo espanhol alerta para o perigo de exercícios intensivos

Maratonas, ciclismo e triatlo são algumas das actividades que implicam maior risco
É raro falar-se sobre os riscos do excesso de exercício, mas uma investigação realizada com ratos em Espanha veio alertar para o perigo de praticar actividades de resistência de uma forma intensa, pois, nalguns casos, tornam-se prejudiciais ao coração.
Segundo os dados obtidos, este tipo de exercício pode provocar alterações na estrutura e no funcionamento do coração, favorecendo o aparecimento de arritmias. Embora já se soubesse das mudanças físicas na anatomia do coração, este é o primeiro trabalho que demonstra que a actividade física intensa e mantida durante muito tempo pode ter impactos negativos.
“Se estes resultados se confirmarem em humanos, pode haver implicações importantes para aqueles que praticam exercício atlético de alto nível [como os maratonistas, ciclistas ou triatletas]”, assinalaram os membros do Instituto de Investigações Biomédicas August Pi i Suñer, em Barcelona, na revista científica “Circulation”.

Este risco potencial não afecta pessoas que praticam exercício moderado de forma regular, mas aquelas que o fazem de uma forma muito intensa há duas ou três décadas. “A actividade física normal confere benefícios amplamente reconhecidos, como a prevenção das doenças cardiovasculares e da diabetes”, reforçaram os investigadores.
Ratos atletas
Ratos foram submetidos a várias semanas de exercício
A ideia de realizar esta investigação surgiu depois de alguns estudos observacionais apontarem para a existência de um risco maior de arritmias entre os desportistas submetidos a treinos muito intensivos.
Os testes foram realizados com roedores que praticaram uma hora de exercício intenso diário durante quatro, oito e 16 semanas, o que nos humanos, poderia equivaler à realização de actividade física muito rigorosa durante dez anos.
 
Quando examinado o estados dos seus corações e comparados os resultados com um grupo de controlo (em que os animais tinham permanecido sedentários) foi verificado que os que praticaram mais exercício apresentaram anomalias na estrutura do músculo cardíaco, o que favorece o aparecimento de arritmias. 
 
Fonte: Ciência Hoje

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